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Economia portuguesa está "na direção certa" mas ainda há muito a fazer

O secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, disse hoje que a economia portuguesa está "na direção certa", mas ainda há muito a fazer para promover um crescimento mais sustentável.

Economia portuguesa está "na direção certa" mas ainda há muito a fazer
Notícias ao Minuto

11:41 - 18/02/19 por Lusa

Economia Angel Gurría

"As ambiciosas reformas estruturais implementadas com sucesso por Portugal na última década contribuirão para a continuação da recuperação. A economia está a evoluir na direção certa, mas ainda resta muito a fazer para promover um crescimento mais sustentável", considerou.

Angel Gurría falava em conferência de imprensa em Lisboa, no ministério da Economia, apresentando um relatório sobre a economia portuguesa hoje divulgado.

A OCDE, segundo Gurría, orgulha-se de ter acompanhado Portugal nesse sucesso e continua empenhada em ajudar o país a conceber, desenvolver e aplicar melhores políticas para uma vida melhor.

No início da sua intervenção, o responsável destacou desde logo a "excelente colaboração do Governo" e aplaudiu as "boas notícias" que chegam sobre a economia portuguesa: "dez anos depois de uma crise muito destrutiva, a recuperação está agora bem consolidada".

No entanto, Angel Gurría alertou para a persistência de marcas da crise que, apesar de já terem contado com a intervenção do Governo, continuam a precisar de atenção por parte do executivo.

Entre elas, a "elevada taxa de pobreza na população em idade ativa" preocupa a instituição.

É preciso também "melhorar a resiliência das finanças públicas e do sistema financeiro", disse, lembrando que "os choques externos ameaçam comprometer o crescimento de uma economia aberta, como a portuguesa" e sinalizando as incertezas atuais face à guerra comercial entre a China e os EUA.

Também a produtividade laboral, onde Portugal se encontra num patamar inferior à média dos restantes membros da OCDE, deve ser acompanhada pelo Governo, assim como o envelhecimento da população num contexto em que se prevê um "aumento do rácio da população idosa sobre população ativa" e que terá "enormes implicações" para as despesas públicas, incluindo custos associados para pensões e saúde.

Na área da saúde é preciso continuar a transferir tratamentos para as unidades primárias, na área das pensões há que "limitar ainda mais o acesso a reformas antecipadas", nos impostos é preciso alargar as bases de tributação, diminuindo isenções.

Também é preciso aumentar a fiscalidade ambiente, acrescentou.

No que diz respeito à banca, de acordo com Gurría, é necessário continuar a incentivar o abatimento dos empréstimos não produtivos.

Ao nível da eficiência do sistema judicial, Gurría sinalizou que os tribunais portugueses demoram demasiado tempo -- em alguns casos a resolução demora mais do dobro do tempo do que em outros países - e que Portugal têm de continuar a dar prioridade ao combate à corrupção, lembrando que Lisboa será anfitriã no próximo mês (27/28 de março) de uma conferência da OCDE sobre este tema.

Angel Gurría falou ainda sobre a necessidade de eliminar restrições regulamentares em algumas profissões liberais e recomendou o aumento da concorrência entre os operadores portuários para promover o crescimento das exportações.

A renovação das pequenas e médias empresas (PME) do setor exportador deverá também ser prioridade.

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