"A questão não é falta de dinheiro, é vontade em distribuir a riqueza"

No segundo dia de greve da Função Pública – primeiro com a adesão da CGTP – Arménio Carlos falou logo ao início da manhã com os jornalistas numa das muitas escolas afetadas pela paralisação dos funcionários públicos.

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Patrícia Martins Carvalho
15/02/2019 08:21 ‧ 15/02/2019 por Patrícia Martins Carvalho

Economia

Arménio Carlos

Para o líder da CGTP, o problema não está na falta de dinheiro do Estado. O problema está na forma como o Governo distribui essa riqueza, disse esta sexta-feira Arménio Carlos junto à Escola Básica Manuel da Maia, em Lisboa.

Em declarações aos jornalistas, o sindicalista começou por fazer o balanço da greve, garantindo que está a haver uma “grande adesão, tal como era expectável, por parte dos trabalhadores de todos os setores da atividade da Administração Pública” porque há um “descontentamento e indignação” por parte dos funcionários públicos.

Este sentimento, explicou Arménio Carlos, é potenciado pelo facto de o Governo dizer que “não tem disponibilidade financeira para corresponder às reivindicações de aumento dos salários para os trabalhadores que há 10 anos não têm qualquer atualização” mas, ao mesmo tempo, ter “sistematicamente disponibilidade sempre que a banca está com problemas”.

“A questão não é a falta de dinheiro. A questão é a falta de vontade de distribuir de forma justa o dinheiro”, afiançou, defendendo que “não pode haver uma entidade patronal como o Estado que não tenha em consideração a melhoria dos salários dos trabalhadores e a melhoria das suas condições de vida e de trabalho”.

Em jeito de remate, o sindicalista garantiu que a “ligeira desaceleração” da economia não é desculpa. Antes pelo contrário. Na sua ótica é a justificação para o aumento dos salários pois a “esmagadora maioria das empresas portuguesas trabalha para o mercado interno, logo, se se melhorar os salários as pessoas ficam com mais rendimentos, as empresas vão vender mais e a economia vai crescer de forma sustentada”.

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