Wall Street encerra sem rumo com a maior queda em dez anos do retalho
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje sem rumo, com os investidores a acusarem a maior queda mensal em dez anos das vendas do comércio retalhista nos EUA, enquanto esperam notícias positivas das negociações comerciais sino-norte-americanas.
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Economia Bolsas
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 0,41%, para os 25.439,39 pontos, no que foi imitado pelo alargado S&P500, que baixou 0,27%, para os 2.745,73.
Ao contrário, o tecnológico Nasdaq avançou 0,09%, para as 7.426,95 unidades.
As estatísticas do comércio retalhista sobre dezembro dececionaram os analistas, que esperavam uma ligeira progressão, de 0,2%, deste indicador, que reflete o comportamento do consumo nos Estados Unidos da América. Porém, ao contrário do esperado, acabou por recuar 1,2% em relação a novembro.
"Foi uma grande surpresa para os investidores. De tal maneira que muitos consideram que há qualquer coisa de suspeito nos números", afirmou Quincy Krosby, de Prudential Financial.
Esta inesperada baixa é explicada com recurso à invocação do encerramento parcial de agências e serviços do governo federal, o designado 'shutdown', quando a partir de 22 dezembro e durante mais de um mês centenas de milhares de funcionários foram colocados em desemprego forçado, por causa de um braço-de-ferro orçamental entre a Casa Branca e os democratas no Congresso.
Devido aos fatores excecionais que afetaram o mês de dezembro, "é demasiado cedo para dizer que estes números refletem uma diminuição da economia norte-americana", relativizou Art Hogan, principal estrategista da National para os mercados.
Para este operador, "se outros indicadores futuros forem no mesmo sentido, então tem de se levar a situação mais a sério".
Ao contrário, está garantido que um segundo 'shutdown', que se chegou a recear que começaria na sexta-feira, não vai ocorrer. O Presidente norte-americano, Donald Trump, vai assinar a lei sobre o financiamento do governo federal, resultante de um compromisso no Congresso, segundo a Casa Branca.
Mas, ao mesmo tempo, Trump vai declarar a existência de uma "urgência nacional" para conseguir o financiamento de um muro que quer construir na fronteira com o México. Este anúncio surpreendente não sobressaltou os investidores.
"Os investidores inquietar-se-iam se houvesse um 'shutdown'", disse Krosby.
Ao mesmo tempo, as negociações entre a China e os EUA recomeçaram hoje de manhã em Pequim.
O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e o representante para o Comércio, Robert Lighthizer, cumprimentaram o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, perante os fotógrafos, antes de começar a reunião.
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