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Falta de coordenação com Espanha torna Portugal em "ilha ferroviária"

O investimento em ferrovia sem coordenação com Espanha pode transformar Portugal numa "ilha ferroviária" garantiu hoje o secretário de Estado da Infraestruturas, Guilherme W. d'Oliveira Martins, no parlamento.

Falta de coordenação com Espanha torna Portugal em "ilha ferroviária"
Notícias ao Minuto

17:30 - 14/02/19 por Lusa

Economia Infraestruturas

O governante, que falou no plenário no âmbito de um debate de atualidade requerido pelo PSD, sobre bitola ferroviária (distância entre carris), garantiu que não faz sentido investir na alteração total deste parâmetro técnico da bitola ibérica, usada em Portugal, para a europeia.

"O sistema permite mudança de bitolas e esta mudança é feita rapidamente e com custos baixos. Espanha tem 87% da rede em bitola ibérica e Portugal e Espanha estão coordenados no uso de travessa polivalente nas fronteiras para permitir alteração. A estrutura fica preparada para migrar para bitola europeia quando assim Espanha decidir", referiu o governante.

O deputado Carlos Silva, do PSD, criticou os planos do Governo para o setor, vertidos no plano Ferrovia 2020. "Espanha irá, a partir de 2023, abandonar esta bitola e só Portugal ficará com ela numa espécie de 'Brexit' ferroviário", referiu.

"Se olharmos para o investimento do Fomento espanhol, o que assistimos é a bitola europeia sobretudo nas mercadorias", reforçou Hélder Amaral, do CDS. E questionou "quando custa a Portugal ficar dependente apenas de tecnologia espanhola", tendo em conta que Espanha produz a maioria dos equipamentos com estas características.

Guilherme W. d'Oliveira Martins, por sua vez, realçou que, "neste momento, seria totalmente irresponsável um investimento numa bitola que é uma miragem".

O governante preferiu recordar a estratégia do Governo. "Estamos a falar de um plano de 2.000 milhões de euros que está em execução a 40%" e destacou o projeto que vai ligar Sines à fronteira, com um custo estimado de 500 milhões de euros.

O governo lançou um plano de infraestruturas que irá abranger vários setores, o PNI 2030, que prevê 21,9 mil milhões de euros.

No entanto, a maioria dos projetos do PNI já estavam em anteriores documentos que ao longo dos anos foram traçando o futuro da mobilidade e infraestruturas em Portugal, mas muitas vezes acabaram por não ser executados, segundo uma análise da Lusa, publicada em janeiro.

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