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Estimativas para Itália seriam piores sem acordo com Bruxelas

O comissário europeu dos Assuntos Económicos defendeu que sem o acordo alcançado em dezembro entre a Comissão Europeia e o Governo de Itália as estimativas de crescimento da economia italiana, hoje revistas em baixa, ainda seriam piores.

Estimativas para Itália seriam piores sem acordo com Bruxelas
Notícias ao Minuto

11:41 - 07/02/19 por Lusa

Economia Comissões

Na apresentação das previsões intercalares de inverno, em Bruxelas, Pierre Moscovici justificou a revisão em baixa das perspetivas de crescimento do PIB italiano com o facto de os indicadores económicos daquele país desde dezembro terem sido todos negativos.

"E isso tinha de estar plasmado nas nossas previsões", argumentou.

O político francês recordou que o acordo alcançado entre a Comissão Europeia e o Governo italiano, respeitante ao orçamento italiano para 2019, aconteceu num momento de "grande incerteza sobre as políticas orçamentais em Itália, que resultaram numa grande volatilidade do mercado".

"Puderam observar que o acordo que alcançámos com o Governo italiano ajudou a aliviar as tensões do mercado, como fica patente na queda assinalável da dívida pública. Por isso é que repito que sem o acordo de dezembro o panorama seria pior, para não dizer muito pior", sustentou.

Nas previsões intercalares de inverno da Comissão Europeia, hoje divulgadas, é estimado um crescimento do PIB italiano de 0,2% este ano e 0,8% em 2020, abaixo das estimativas de 1,2% e de 1,3%, respetivamente, divulgadas em novembro passado.

Frisando que "as previsões são o que são, são previsões, não realidades", o comissário europeu dos Assuntos Económicos elucidou que a Comissão continuará a monitorizar "os desenvolvimentos" em Itália e estimou que o "próximo passo importante" será a publicação do relatório individual de avaliação das políticas económicas e sociais de cada Estado-Membro.

Em 19 de dezembro, a Comissão Europeia recuou na intenção de abrir um procedimento por défice excessivo a Itália, depois de o executivo italiano ter aceitado rever em baixa alguns dos seus objetivos para 2019, reduzindo as despesas previstas em cerca de quatro mil milhões de euros suplementares a fim de evitar as sanções comunitárias.

O 'braço de ferro' entre Roma e Bruxelas, que durava desde meados de outubro, chegou ao fim após o Governo italiano ter cedido nas suas pretensões e proposto a redução do seu défice público em 2019, com o objetivo de evitar o procedimento por défice excessivo com base na dívida, recomendado pela Comissão Europeia em 21 de novembro.

O executivo comunitário decidiu recomendar a abertura de um procedimento por défice excessivo com base na dívida uma semana depois de Roma ter mantido as linhas gerais do plano orçamental que Bruxelas 'chumbou' numa primeira análise, em 23 de outubro, naquela que já tinha sido uma decisão inédita na história do Pacto de Estabilidade e Crescimento.

A Comissão considerou que o plano orçamental apresentado pelo executivo italiano de coligação populista, que inclui o Movimento Cinco Estrelas (M5S) e a Liga, continha um risco "particularmente grave de incumprimento" das regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento, nomeadamente por fixar o défice em 2,4% do PIB em 2019, "um valor três vezes superior ao inicialmente previsto".

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