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Grupo Pestana afasta atualização de salários nas Pousadas de Portugal

A federação dos sindicatos de hotelaria (FESAHT) lamentou hoje que o grupo Pestana não tenha intenção de atualizar em 2019 os salários dos trabalhadores das Pousadas de Portugal e vai reunir em plenário para decidir "medidas a tomar".

Grupo Pestana afasta atualização de salários nas Pousadas de Portugal
Notícias ao Minuto

17:13 - 06/02/19 por Lusa

Economia Sindicatos

Em comunicado, a Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT) explica que apresentou ao grupo Pestana uma proposta de aumentos salariais para os trabalhadores das Pousadas de Portugal de 4%, no mínimo 40 euros, e 650 euros como valor mínimo na tabela salarial.

Segundo a estrutura sindical, o grupo Pestana não apresentou qualquer contraproposta salarial nos prazos legais e, na terça-feira, realizou a primeira reunião de negociações onde declarou "que não é sua intenção atualizar os salários dos trabalhadores das pousadas em 2019, alegando que foram atualizados em 2018, com efeitos a 1 de julho e que, por isso, não houve aumento da inflação para justificar qualquer aumento salarial".

"Ao contrário do que diz o grupo Pestana, houve mesmo aumento da inflação neste período e, para além disso, a proposta sindical visa recuperar a enorme perda do poder de compra perdido ao longo dos 10 anos (2008/2018) em que não houve quaisquer aumentos ou estes foram manifestamente insuficientes e, por último, visa também repartir minimamente os ganhos obtidos nos últimos cinco anos de grande crescimento sucessivo do setor", refere.

Comentando a posição dos sindicatos, em declarações à Lusa, o presidente do grupo Pestana Pousadas, Luís Castanheira Lopes, recordou que "o novo Acordo de Empresa foi publicado no Boletim do Trabalho e Emprego em 8 de novembro de 2018 e dele consta a nova tabela salarial. A dita tabela foi objeto de uma revisão substancial, tendo cerca de 90% dos trabalhadores das Pousadas tido um aumento médio de 7,42%".

O responsável aponta que a FESAHT propôs a "revisão daquela tabela de cuja fundamentação económica consta a necessidade de repor o poder de compra dos trabalhadores, ou seja, para alcançar o objetivo que já tinha sido obtido com a tabela publicada há menos de 60 dias".

O grupo confirmou ainda que, em 05 de fevereiro, realizou a primeira reunião com a estrutura sindical, tendo "referido que iria responder por escrito à FESAHT, o que ainda não foi feito, razão pela qual o processo se encontra em curso".

A FESAHT lembra ainda que as Pousadas de Portugal foram as unidades hoteleiras que mais cresceram neste período, quer nas dormidas, quer nas receitas, "sendo que as receitas subiram muito mais que as dormidas, o que demonstra ter havido subida significativa de preços".

Face à posição "incompreensível" e "inaceitável" do grupo Pestana, os sindicatos vão realizar plenários para analisar a situação com os trabalhadores e decidir "as medidas a tomar", indica a FESAHT.

O grupo Pestana garantiu ainda que nenhum trabalhador, incluindo os das Pousadas, "aufere uma retribuição inferior a 630 euros, valor acima do salário mínimo nacional".

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