UGT "gostaria" que bancários do norte estivessem no sindicato unificado
O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, disse que "gostaria" que o Sindicato de Bancários do Norte (SBN) se juntasse ao novo sindicato unificado do setor financeiro, cuja fusão foi hoje formalizada em Lisboa.
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"Eu gostaria, e certamente que todos que estão nesta mesa gostariam, de que em vez de serem quatro sindicatos fossem cinco" no processo de junção, disse Carlos Silva durante a cerimónia de assinatura do protocolo de unificação entre o Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI), o Sindicato dos Bancários do Centro, o Sindicato dos Profissionais de Seguros de Portugal e o Sindicato dos Trabalhadores da Atividade Seguradora, na sede da União Geral de Trabalhadores (UGT), em Lisboa.
O líder da intersindical manifestou, no entanto, "respeito" pelas "divergências" apresentadas ao longo do processo negocial, e preferiu enaltecer a "convergência" que as quatro organizações "conseguiram criar".
"A divergência do SBN não foi possível ultrapassar, continuará a fazer o seu percurso", disse Carlos Silva, salientando que "nunca se sabe se ou durante este percurso de um ano, ou mais tarde, o SBN poderá bater a esta porta".
Já Rui Riso, presidente do SBSI, afirmou que o SBN "podia ter dito mais cedo" que não queria a adesão ao projeto unificado, e que "podia ter participado na alteração" ao mesmo, mas preferiu destacar que "em cinco [sindicatos], um não quer mas os outros quatro querem".
O novo sindicato unificado do setor financeiro, que ainda não tem nome definido, deverá ser constituído formalmente no próximo ano, e segundo o líder da UGT, será "o maior do país", com "quase 60.000 associados".
De acordo com Rui Riso, o setor financeiro, "e nomeadamente a banca", têm um nível de sindicalização muito elevado em Portugal, que "rondará os 90%".
"Pensamos que a sindicalização vai continuar alta, muito alta, no setor financeiro e no subsetor bancário, sem dúvida nenhuma", acrescentou.
O líder do SBSI disse ainda que apesar da unificação, o setor bancário e o setor dos seguros manterão "cada um o seu regime" em termos de benefícios de saúde.
Fonte do SBSI disse à agência Lusa que estão a decorrer auditorias e que os sindicatos envolvidos estão a trabalhar para que a fusão seja feita no próximo ano.
O processo de fusão é independente das eleições sindicais, mas a sua concretização depende da vontade das próximas direções dos quatro sindicatos integrantes.
O Sindicato dos Bancários do Centro e o do Sul, dirigidos por socialistas, têm eleições em abril.
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