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"É uma greve da total e exclusiva responsabilidade do Governo"

A UGT manifestou hoje o seu apoio às lutas dos trabalhadores da administração pública e responsabilizou o Governo pela greve marcada para 15 de fevereiro por melhores salários e condições de trabalho e contra a degradação dos serviços públicos.

"É uma greve da total e exclusiva responsabilidade do Governo"
Notícias ao Minuto

18:30 - 28/01/19 por Lusa

Economia UGT

O apoio foi formalizado numa resolução aprovada pelo secretariado nacional da UGT.

Os sindicatos da Administração Pública filiados na UGT e os filiados na CGTP marcaram uma greve de toda a função pública para dia 15 de fevereiro, após o fim das negociações, sem que tivessem conseguido aumentos salariais para todos os trabalhadores, como reivindicavam.

"É uma greve da total e exclusiva responsabilidade do Governo. Enquanto empregador, tem demonstrado profunda indisponibilidade, na generalidade dos processos negociais, dando um mau exemplo para o setor privado e para o país sobre o que deve ser o real espírito de negociação e de compromisso", afirmou a UGT na resolução aprovada.

A central sindical considerou que "a situação económica do país, a melhoria das contas públicas, a criação de almofadas financeiras e a antecipação dos pagamentos aos credores internacionais tornam evidente que estão reunidas todas as condições para que o Governo garanta, em 2019, um aumento dos salários para todos os funcionários públicos".

"A política salarial do Governo está centrada, quase exclusivamente, na melhoria dos mais baixos rendimentos, o que do ponto de vista da equidade social até pode parecer sensato e justo. Mas a verdade é que a melhoria dos salários destes trabalhadores nem sequer se equipara aos aumentos salariais aplicados aos pensionistas".

Para a UGT, esta política salarial "acaba por aprofundar sacrifícios e injustiças, sempre à custa daqueles que foram os mais lesados durante o período da crise, os trabalhadores mais qualificados e com salários médios ou acima da média, que viram os cortes nos seus rendimentos aplicarem-se ao longo de demasiado tempo e de forma dramática, para não dizer violenta em muitos casos".

"Esta política do Governo precisa de ser alterada (...). É impensável não assegurar aumentos salariais há mais de uma década (com cortes salariais nos anos mais críticos da crise), anunciar reposições salariais e o descongelamento de progressões (como se de reais aumentos salariais se tratassem), com o intuito de confundir e dividir os trabalhadores do público e do privado, e acreditar que os sindicatos e os trabalhadores podem ficar impassíveis perante tal injustiça", afirmou.

A central sindical considerou que "um governo que afirma ter uma política diferente, que diz pretender valorizar os rendimentos de quem trabalha, que todos os dias declara governar com maior sensibilidade social, não pode continuar intransigente nos 50 milhões disponíveis para aumentos salariais dos seus trabalhadores, ou ter uma intervenção social que se reduz a uma visão assistencialista, em que apenas os mais carenciados merecem atenção".

"É pelo diálogo, pela negociação, pela melhoria dos salários e das condições de trabalho de todos os trabalhadores, e contra a degradação dos serviços públicos, que a UGT apoia incondicionalmente, e estará ao seu lado, os seus sindicatos, na greve do dia 15 de fevereiro de 2019 e em todas as jornadas de luta que decidam encetar em defesa daqueles direitos", afirmou na resolução.

Entretanto, os sindicatos da UGT emitiram um pré-aviso de greve para o dia 14 de fevereiro, com o objetivo de permitir aos trabalhadores participar numa manifestação junto ao Ministério das Finanças, em Lisboa.

O secretariado nacional da UGT manifestou ainda preocupação relativamente aos "efeitos nefastos que o 'Brexit', desordenado ou não, terá para os trabalhadores" e prometeu defender os funcionários portugueses no Reino Unido e em Portugal.

Este órgão da UGT debateu ainda a auditoria externa feita à Caixa Geral de Depósitos (CGD), tornada pública recentemente, e considerou que "os cidadãos portugueses merecem conhecer a fundo as conclusões desta auditoria".

"Por isso, o Governo deve identificar, cabalmente e sem ocultar os nomes de quem quer que seja, os responsáveis por esta danosa gestão do erário público e destruição de riqueza do banco público, Instituição prestigiada e de papel preponderante no sistema financeiro nacional", afirmou na resolução.

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