Governo prevê investimento de cerca de 18 mil milhões em energia até 2030
O Governo prevê um investimento de cerca de 18.000 milhões de euros até 2030 na área da energia para conseguir mais do que duplicar a produção renovável de eletricidade, que pretende incentivar o investimento privado.
© Global Imagens
Economia Matos Fernandes
"Temos que ser muito firmes na garantia de que os investimentos licenciados se cumprem", afirmou hoje o ministro do Ambiente e da Transição Energética, à margem da apresentação do Plano Nacional Energia e Clima (PNEC) 2030, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, que prevê um investimento privado entre 17.100 e 18.700 milhões de euros em nova capacidade de produção renovável, redes de transporte, distribuição e armazenagem.
Em declarações aos jornalistas, Matos Fernandes disse que o reforço da produção renovável se fará essencialmente através da eólica e da solar, cujas tecnologias "têm menores custos", referindo que bastaria concretizar, "por um passo de mágica, as licenças que já hoje existem no solar" e dar-se-ia "um salto importante".
O governante manifestou a intenção de lançar leilões no solar para que "projetos licenciados saiam do papel".
Para Matos Fernandes, trata-se de "uma constatação numérica" sem "nenhum juízo de valor": "O que acontece é que temos 1,2 GW licenciados e 49MW concretizados".
Por isso, em junho, o Governo realiza o primeiro leilão de potência (de 1.350MW) dirigido ao solar, "um modelo testado e que deu provas de eficácia em vários países europeus", adiantou.
Na sua intervenção na sessão de encerramento, o secretário de Estado da Energia, João Galamba, adiantou que, em janeiro de 2020, vão a leilão mais 700 MW, "com o objetivo de atingir entre 6 e 7 GW de nova capacidade em centrais em exploração até 2027".
"Os leilões são, acima de tudo, um instrumento para garantir que a nova capacidade renovável se traduza em ganhos imediatos para os consumidores, baixando o preço da eletricidade", considerou.
De acordo com o PNEC 2030 apresentado hoje, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, as renováveis deverão representar 80% do consumo elétrico em Portugal e 47% do energético em 2030, estando previsto um aumento da capacidade instalada até aos 28,8 GW, que compara com os 11,8 GW em 2015.
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