CGTP pede "coerência" ao PSD sobre o salário mínimo
A CGTP-IN pediu hoje "coerência" ao PSD "entre o que diz e o que faz" acerca do salário mínimo nacional, e instou o partido a propor 635 euros como "referência mínima" salarial para o setor privado.
© Global Imagens
Economia Arménio Carlos
A reivindicação tem origem numa afirmação do presidente do PSD, Rui Rio, que, segundo a CGTP, terá dito que se "o salário mínimo, como o nome indica e bem, é um salário mínimo nacional, se é um salário mínimo nacional não podemos valorizar mais o trabalho no setor privado do que no público ou no público [mais] que no privado".
Para a central sindical, "uma afirmação desta natureza, com a responsabilidade política que lhe está subjacente, justifica e exige do PSD a adoção de medidas objetivas que deem coerência àquilo que diz com aquilo que faz", pode ler-se no comunicado de imprensa da CGTP-IN.
"Neste sentido, é preciso que o PSD passe das palavras aos atos e, na Assembleia da República, assuma a apresentação de uma proposta que garanta, no imediato, os 635 euros como referência mínima para os trabalhadores do setor privado", instou a CGTP-IN.
De acordo com a organização liderada por Arménio Carlos, em 2018 foi possível "atingir e até ultrapassar os 600 euros sem que daí resultassem quaisquer danos para as empresas ou a economia", o que "confirma e legitima" a passagem do salário mínimo nacional para os 650 euros em 2019.
O eventual aumento "contribuiria para a subida de todos os salários" e "daria um forte impulso ao crescimento económico", alega a CGTP-IN, que considera "insuficiente" o aumento do salário mínimo na Administração Pública para os 635 euros em 2019.
A central sindical considera que a opção do Governo "exclui a atualização salarial de mais de 600 mil trabalhadores da Administração Pública que auferem uma remuneração acima daquela", que "veem, pelo décimo ano consecutivo, negado o aumento anual do seu salário".
"Nada justifica esta opção do Governo, numa situação de défice próximo dos 0% do PIB e de encargos com o setor financeiro, as PPP´s, os SWAP, os juros da dívida ou as rendas do setor energético que não param de aumentar", de acordo com a CGTP.
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