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Oito em cada dez empresas aceitam prazos de pagamento mais dilatados

Oito em cada dez empresas portuguesas aceitam prazos de pagamento mais dilatados, número acima da média europeia que se situa em 59%, segundo um estudo da Intrum hoje divulgado.

Oito em cada dez empresas aceitam prazos de pagamento mais dilatados
Notícias ao Minuto

18:19 - 23/01/19 por Lusa

Economia Intrum

"Em Portugal, o 'Industry White Paper 2018' analisou três setores de atividade: Indústria, Comércio Grossista e Retalho e Transportes e Logística. De acordo com o estudo, em todos os setores (80%) as empresas foram convidadas a aceitar condições de pagamento mais dilatadas do que seria razoável, valor este bastante superior à média europeia que se fica pelos 59%", revelou, em comunicado, a Intrum.

Por outro lado, em todos os setores, 64% das empresas portuguesas já aceitaram prazos de pagamento mais dilatados "do que seria razoável", valor, novamente, superior à média europeia, que se fica pelos 56%.

Por setor, 76% das empresas do Comércio Grossista e Retalho revelam que os problemas financeiros são a principal causa de pagamento dos seus próprios clientes, enquanto a média europeia fixa-se em 62%.

"A medida mais comum tomada neste setor quando as empresas são questionadas a aceitar prazos de pagamento mais longos é a oferta de planos de pagamento - mais de metade (52%) das empresas portuguesas oferece esta opção aos seus clientes, valor superior à média europeia com 31%", lê-se no documento.

No setor da Indústria, 70% dos inquiridos revelam que a principal causa de atraso dos seus próprios clientes são também os problemas financeiros. Mais uma vez, as empresas nacionais ultrapassam a média europeia (65%).

"Este setor destaca-se pelo facto de 76% das empresas portuguesas inquiridas referir nunca ter enviado as suas faturas pendentes para uma empresa de recuperação de crédito e cobranças, número mais elevado do que a média europeia que apresenta 48%", indicou a empresa de serviços de gestão de crédito.

Já mais de metade das empresas portuguesas (63%), afirmou que os atrasos de pagamentos "têm um alto impacto na liquidez", enquanto a média europeia fixou-se nos 22%.

Por último, o setor dos Transportes e Logística "tem sido muito afetado com os atrasos de pagamento, uma vez que, em média, os consumidores têm 25 dias de prazo de pagamento e pagam após 41 dias".

Segundo o 'Industry White Paper 2018', as empresas negoceiam o pagamento para 49 dias, mas pagam após 65 dias.

"No setor público (...) os atrasos são ainda mais alargados com prazo de pagamento fixado nos 50 dias, mas que em média atinge os 79 dias para pagar", apontou.

A nível europeu, quando questionadas sobre as principais causas dos atrasos de pagamento, 62% das empresas europeias apontam as dificuldades financeiras e 48% o atraso de pagamento intencional como principais causas, valores inferiores ao estudo de 2017, que apontava, respetivamente, 66% e 55%.

Para o diretor-geral da Intrum, Luís Salvaterra, "o impacto dos pagamentos em atraso está a diminuir lentamente, em comparação com os números do ano passado. Apesar de algumas empresas estarem a melhorar a sua capacidade de lidar com esta prática, as consequências dos atrasos nos pagamentos continuam a ser um problema".

Luís Salvaterra referiu ainda que, em 2018, 20% das empresas ainda afirmaram que "o pagamento mais rápido de devedores permitiria contratar mais funcionários. Uma situação que invalida a criação de mais emprego".

Para a realização deste estudo a Intrum compilou a informação de 9.607 empresas, 261 das quais portuguesas.

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