Produção de seguros em Portugal aumenta 11,7% em 2018
A produção de seguro direto em Portugal aumentou 11,7%, para 12.941 milhões de euros, em 2018 face a 2017, com o ramo Vida a crescer 14,5% e os ramos Não Vida 7,4%, divulgou hoje o regulador setorial.
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Economia ASF
Em comunicado, a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) considera estes resultados (ainda provisórios) "muito positivos, na medida em que contribuem para o reforço da solidez financeira das empresas que operam no mercado nacional e evidenciam a capacidade do setor segurador em acompanhar a dinâmica de crescimento da economia e garantirem a solidez financeira".
No ano passado, o ramo Vida subiu 14,5%, sobretudo dinamizado pelos seguros de vida não ligados a fundos de investimentos (29,5%), já que os seguros ligados a fundos de investimento (em que o risco é do tomador do seguro) voltaram a registar um decréscimo (19,2%).
"Salienta-se em particular a evolução registada nos planos de poupança reforma, que apresentaram um crescimento de 55,5%, o que representa um aumento de 11,3 pontos percentuais no seu peso (42,9% em 2018 e 31,6% em 2017)", refere a ASF.
Segundo o regulador, a evolução destes produtos vocacionados para a poupança de médio e longo prazo "parecem confirmar a confiança que os portugueses depositam no setor segurador e de fundos de pensões para gerir as suas poupanças".
Em linha com o que vem acontecendo nos últimos anos, também os ramos Não Vida apresentaram um aumento da produção, de 7,4%, tendo o respetivo volume superado os 4,8 mil milhões de euros.
Para esta evolução destacam-se as contribuições dos ramos Acidentes e Doença (9,7%), Incêndio e Outros Danos (5,4%) e Automóvel (6,7%), sobressaindo no ramo Acidentes e Doença o crescimento de Acidentes de Trabalho, pelo 5.º ano consecutivo (13,5% em 2018), e a constante evolução no Seguro de Doença (7,4% em 2018), que em 2017 abrangia mais de 2,7 milhões de pessoas seguras.
Relativamente ao seguro de Acidentes de Trabalho, a ASF refere que o crescimento registado em 2018 "é especialmente relevante na medida em que permite a recondução desta modalidade de seguro à situação de equilíbrio técnico".
"Recorde-se que a situação registada nos seguros de acidentes de trabalho, em resultado da diminuição abrupta dos prémios em paralelo com um acréscimo de risco e da sinistralidade, obrigou a ASF a intervir intensificando as ações de supervisão e impondo planos de recuperação a alguns operadores", nota.
No ano passado, o regulador destaca também os "crescimentos significativos" nos seguros Automóvel (6,7%) e Incêndio e Outros Danos (5,4%).
Relativamente ao ramo Automóvel, considera que o crescimento registado em 2018 "evidencia uma recuperação relevante e necessária, tendo em conta a degradação do volume de prémios que se vinha observando nos últimos anos" e levou a ASF a "alertar formalmente os operadores para a necessidade de garantirem o equilíbrio técnico".
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