Sem necessidades básicas, quanto sobra para quem ganha o salário mínimo
Portugal ocupa o 19.º lugar numa lista que analisa o peso das despesas com alimentos considerados básicos no salário mínimo.
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O salário mínimo está atualmente no patamar dos 600 euros em Portugal, mas será que este montante é suficiente para responder às necessidades básicas? Para responder a esta pergunta, a Picodi analisou os diferentes preços de alimentos considerados básicos em vários países e o resultado mostra que as despesas em produtos nutricionais básicos constituem 16,4% do salário mínimo, o que coloca Portugal no lugar 19.º.
Ora, a análise incidiu sobre oito grupos de alimentos em 52 países diferentes, sendo que teve também em consideração o respetivo salário mínimo.
Vamos aos resultados de Portugal. Se o salário mínimo em Portugal é de 600 euros por mês, significa que as pessoas recebem 534 euros líquidos.
De um cabaz com produtos que a Picodi considera básicos, estes foram os preços considerados:
- Leite (10l) — 6,30 euros
- Pão (10 un., cada uma de 500g) — 10,80 euros
- Arroz (2,5kg) — 1,32 euros
- Ovos (20 un.) — 2,78 euros
- Queijo (1kg) — 7,17 euros
- Carne (6kg) — 43,92 euros
- Frutas (6kg) — 7,64 euros
- Legumes (8kg) — 7,62 euros
De acordo com estes preços, o montante total que é gasto neste cabaz ascende aos 87,55 euros.
Deste modo, as despesas em produtos nutricionais básicos constituem 16,4% do salário mínimo, o que coloca Portugal no 19.º lugar numa lista em que 52 países foram examinados.
Alguns dos países onde a percentagem dos gastos na alimentação é maior do que em Portugal são, por exemplo, a Polónia (17,1%), o Brasil (31,5%) e a Eslováquia (19,1%). Espanha ocupa a 5.ª posição com a necessidade de gastar apenas 9,1% do salário mínimo na alimentação.
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