Montepio reforça rácios de capital com emissão de dívida de 50 milhões
A Caixa Económica Montepio Geral colocou 50 milhões de euros de dívida subordinada junto do seu acionista Associação Mutualista Montepio Geral, reforçando os rácios de capital, após a administração do banco ter decidido não avançar com uma emissão de dívida por condições adversas nos mercados.
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Economia Banca
De acordo com a informação enviada hoje à Lusa, a anterior administração do banco (liderada por Félix Morgado) tinha previsto emitir obrigações subordinadas, mas "o atual Conselho [de Administração, liderado por Carlos Tavares] entendeu não ser necessário concretizar a operação, por não ser estritamente necessária".
Essa decisão, explica, foi tomada depois de o banco ter contactado potenciais investidores e ter decidido não avançar, "dadas as condições de mercado no final do ano passado".
"Pese embora nunca ter estado em causa -- em qualquer momento -- o cumprimento dos rácios de capital, a Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) optou ainda assim por reforçar os atuais níveis de solvabilidade através de um 'private placement' de obrigações subordinadas junto do acionista, por um montante mais baixo, de 50 milhões de euros", refere a informação enviada à Lusa.
A informação diz ainda que "esta operação não implicou aumento de exposição da Associação Mutualista à CEMG dados os vencimentos de outra dívida do banco, detida pela Associação Mutualista".
Está informação foi hoje de manhã avançada pelo jornal 'online' Eco.
No ano passado, a CEMG tinha previsto emitir entre 200 e 250 milhões de euros de dívida então justificada com a necessidade de cumprir a recomendação da Autoridade Bancária Europeia que obriga os bancos a terem várias qualidades de capital.
A CEMG teve lucros de 15,8 milhões de euros no primeiro semestre, mais 21,1% face ao mesmo período de 2017, para o que contribuiu a queda das provisões para crédito.
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