Wall Street fecha em alta graças aos estímulos económicos chineses
A bolsa nova-iorquina fechou hoje em alta, com os investidores tranquilizados pelas medidas chinesas promotoras do crescimento económico e pela valorização da Netflix, apesar de resultados empresariais contratados e da rejeição do 'Brexit' pelos deputados britânicos.
© Lusa
Economia Bolsas
Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,65%, para os 24.065,59 pontos.
Mais do dobro foi a valorização dos outros índices. O tecnológico Nasdaq cresceu 1,71%, para as 7.023,83 unidades, e o alargado S&P500 progrediu 1,07%, para as 2.610,30.
A braços com uma desaceleração da economia que faz recear um enfraquecimento generalizado da economia mundial, Pequim anunciou hoje que ia prosseguir a descida de alguns impostos e algumas taxas iniciada em 2018, em benefício das micro e pequenas empresas.
"A China e os Estados Unidos da América são as maiores economias do planeta. O momento em que anunciam medidas é estimulante para as ações", observou Tom Cahill, da Ventura Wealth Management.
Pequim provocou a queda das praças bolsistas na segunda-feira, depois de ter divulgado números do seu comércio externo considerados dececionantes pelos investidores.
Os grupos tecnológicos norte-americanos, dependentes de um forte crescimento para manter a procura dos seus produtos e serviços, beneficiaram de forma lógica com as notícias provenientes da China, com a Apple a avançar 2,05%, a Amazon 3,55% e a Alphabet, casa-mãe da Google, 3,11%.
A plataforma de vídeos em linha Netlix valorizou de forma particularmente acentuada, em 6,52%, depois de ter anunciado o aumento dos preços das assinaturas nos EUA e em vários países latino-americanos.
Este otimismo dos investidores não foi prejudicado pela decisão dos parlamentares britânicos de rejeitarem hoje o acordo para a saída do Reino da União Europeia, o designado 'Brexit', uma vez que esta decisão já estava antecipada pelos investidores à escala mundial.
Nem os resultados trimestrais pouco animadores das empresas norte-americanas abalaram os investidores.
Apesar de um lucro de 7,06 mil milhões de dólares (6,2 mil milhões de euros) no último trimestre de 2018, o banco JPMorgan Chase dececionou, na primeira parte da sessão bolsista, os investidores, que esperavam resultados melhores, o que provocou um fecho da ação em baixa de 0,73%.
Também o Wells Fargo anunciou resultados dececionantes e fechou em perda de 1,55%.
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