Obras no aeroporto de Lisboa deverão baixar ocupação nos hotéis
A taxa de ocupação dos hotéis na região de Lisboa poderá baixar para 74% este ano e diminuir para 67% em 2020, prevê a Associação de Hotelaria de Portugal, face às obras no Aeroporto Humberto Delgado.
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Economia AHP
Depois de citar os últimos dados disponíveis que indicam uma taxa de ocupação de 82% em Lisboa, o presidente da AHP, Raul Martins, afirmou hoje, em Lisboa, que, "mantendo-se o aumento da oferta hoteleira em Lisboa em cerca de 10% ao ano, e sem contar com o aumento de outras formas de alojamento, em 2019 a taxa de ocupação de hotéis na região de Lisboa baixará para valores de cerca de 74% e em 2020 para 67%".
Estas descidas são justificadas com a previsão de as melhorias no aeroporto de Lisboa estarem implementadas no final de 2020.
O acordo entre a ANA - Aeroportos de Portugal e o Estado para o aumento da capacidade aeroportuária de Lisboa foi assinado na semana passada e prevê um investimento superior a 1,3 mil milhões de euros para financiar a primeira parte do projeto, até 10 anos, o que inclui 650 milhões de euros para o Aeroporto Humberto Delgado.
Para a transformação da base da Força Aérea no Montijo em aeroporto civil estão destinados 520 milhões de euros. Já para a Força Aérea e acessibilidades deverão ser contabilizados 160 milhões de euros, segundo o resumo do acordo facultado.
O mesmo texto refere que haverá "aumentos mais moderados das taxas aeroportuárias, assegurando a competitividade dos aeroportos, apesar do elevado nível de investimento".
As obras na atual estrutura da capital incluem "melhores tempos de conexão enquanto 'hub' (plataforma de ligações)", mais lugares de estacionamento e maior percentagem de posições de contacto com o terminal, novas saídas rápidas de pista e extensão do 'taxiway' (caminhos de circulação dos aviões).
As intervenções passam pelo encerramento da pista secundária (pista 17/35), ampliação do Terminal 1 e construção de 'piers' novos, aumento da capacidade dos diferentes sistemas do terminal ('check-in', controlo de segurança, controlo de passaportes, tratamento e entrega de bagagens), novos acessos rodoviários para poente e norte, independentes da 2.ª Circular, nova praça de chegadas, ampliação do parque de autocarros e da estação de táxis e novos parques de estacionamento de automóveis.
Com esta extensão o número de movimentos por hora aumentará dos atuais 38 para 72 e para "servir uma procura estimada superior a 50 milhões de passageiros por ano".
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