O ministro Adjunto e da Economia, Siza Vieira, anunciou esta terça-feira três medidas, que serão submetidas a aprovação na quinta-feira no Conselho de Ministros, e que visam ajudar as empresas portuguesas caso não haja um acordo para o Brexit.
Em declarações aos jornalistas, Siza Vieira avançou que a primeira medida será o lançamento de uma linha de financiamento no valor de 50 milhões de euros que estará ao acesso das empresas portuguesas.
Paralelamente, o Governo lançará incentivos para a análise dos impactos do Brexit nas exportações portuguesas. A terceira medida prende-se com ações de divulgação sobre as formalidades que vão ser aplicadas à futura relação entrePortugal e o Reino Unido.
Estas três medidas serão sujeitas a aprovação no Conselho de Ministros de quinta-feira e fazem parte de um plano de contingência que será ativado no caso de uma saída caótica do Reino Unido da UE, que Mário Centeno, ministro das Finanças português e presidente do Eurogrupo, já adiantou que não é a melhor solução.
Siza Vieira salientou também que o Governo está empenhado em manter a relação turística entre o Reino Unido e Portugal, já que grande parte dos visitantes do nosso país são britânicos.
Neste âmbito, o Governo diz que vai "assegurar a manutenção dos fluxos turísticos", através de um fortalecimento da "imagem de Portugal como um país amigo" do Reino Unido.
Dia D para o Brexit
O parlamento britânico realiza esta terça-feira o chamado "voto significativo" ao acordo proposto pelo governo conservador da primeira-ministra, Theresa May, para a saída da UE que está agendada para daqui a 73 dias, a 29 de março.
Mas se, como é esperado, o documento for rejeitado, Theresa May tem de voltar ao Parlamento no máximo até segunda-feira 21 de janeiro indicando os próximos passos a dar, sendo possível que a primeira-ministra responda ao resultado antes, seja ainda hoje à noite ou na quarta-feira.