Fundo privado português de 46 milhões vai investir em 'startups'
A sociedade de capital de risco portuguesa Indico Capital Partners lançou hoje um fundo de 46 milhões de euros para investir em empresas tecnológicas ibéricas globalmente promissoras.
© Getty Images
Economia Tecnologia
O Indico Capital Partners "é o primeiro fundo de Venture Capital nacional, independente e privado, focado em investir nas fases iniciais de 'startups' tecnológicas, e sediado em Lisboa, um dos centros tecnológicos em ascensão na Europa", indica a Indico Capital Partners, em comunicado.
O fundo tem o objetivo de "identificar, investir e capitalizar as 'startups' ibéricas mais promissoras, em particular as sediadas em Portugal", e vai direcionar os seus investimentos para empresas que atuem em áreas como SaaS (Software as a Service) B2B, Inteligência Artificial, Fintech e Cibersegurança, e também em Marketplaces e Plataformas digitais B2C.
Os 46 milhões de euros provêm de investidores de oito países diferente, sendo o Fundo Europeu de Investimento (FEI) o principal investidor da Indico.
Ao FEI, que é o maior investidor institucional europeu nesta classe de ativos, juntaram-se mais de 20 investidores institucionais e individuais.
Do grupo de investidores fazem parte a Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) através do Portugal Tech, a Draper Esprit, um dos maiores fundos de Venture Capital mundiais, fundos de pensões, instituições de ensino e investigação, entidades gestoras de fortunas, empresários, gestores e empreendedores de tecnologia locais e internacionais.
O fundo vai investir entre 150 mil e cinco milhões de euros por empresa durante o seu período de vida de 10 anos.
"As empresas alvo do 'portfolio' do fundo ambicionam tornar-se líderes globais na sua categoria" e "os primeiros investimentos da Indico já foram concluídos e serão anunciados em breve", indica a sociedade de capital de risco.
A equipa de gestão da Indico é constituída por Stephan Morais (ex-Administrador Executivo da Caixa Capital), Ricardo Torgal (ex-gestor de investimentos na Caixa Capital) e por Cristina Fonseca (co-fundadora e acionista da Talkdesk).
"É um marco para o ecossistema português, vamos continuar a apoiar as 'startups' tecnológicas portuguesas mais promissoras, mas agora com uma plataforma de investimento estável, maior e independente, suportada por uma base de investidores global e diversificada", afirma Stephan Morais, Managing General Partner da Indico.
Já Ricardo Torgal, General Partner da Indico, destaca que "Venture Capital e 'startups' não são uma moda, é uma atividade profissional que visa construir um 'portfolio' diversificado e estar presente quando as empresas precisam de ajuda para crescer e atingir uma nova fase".
"É nesta fase inicial que ter apoio de pessoas experientes e acesso a uma rede global pode ser o fator decisivo para o sucesso", acrescenta Cristina Fonseca, Venture Partner da Indico.
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