Vendas de automóveis na China recuam em 2018 pela 1.ª vez desde 1990
As vendas de automóveis na China caíram 5,8%, em 2018, para 22,35 milhões de veículos, no primeiro declínio anual desde 1990, segundo dados difundidos hoje pela imprensa estatal, coincidindo com outros indicadores negativos da economia chinesa.
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Economia Dados
Em dezembro passado, as vendas registaram uma queda homóloga de 19,3%, para 2,22 milhões de unidades, no sétimo mês consecutivo de queda homóloga, segundo o jornal oficial em língua inglesa China Daily.
"A situação é mais grave do que imaginávamos", afirmou o presidente da Associação da China para Automóveis de Passageiros, Cui Dongshu, citado pelo jornal.
Cui considerou que a desaceleração do ritmo de crescimento da economia chinesa, o aumento dos preços da habitação e as perdas nas praças financeiras do país "minaram a confiança dos clientes".
Entre as marcas mais afetadas constam a General Motors (queda homóloga de 9,9%) ou do maior fabricante de automóveis da China, o SAIC Motor (um aumento homólogo de 1,75%, depois de ter crescido 6,8%, em 2017).
A construtora chinesa Geely aumentou as suas vendas em 20%, face a 2017, ficando 5% aquém da sua meta oficial.
Mas Cui Dongshu acredita que o mercado, depois de "bater no fundo", vai voltar a crescer, este ano, graças à redução das taxas alfandegárias sobre veículos importados dos Estados Unidos e os esforços dos fabricantes chineses para reduzir inventário, a partir do segundo semestre do ano passado.
"Haverá um crescimento positivo, de pelo menos 1%, em 2019", considerou o responsável, afirmando que "o Governo está a estudar oferecer novos incentivos à compra de veículos".
No terceiro trimestre de 2018, a economia chinesa, a segunda maior do mundo, cresceu 6,5%, o ritmo mais baixo dos últimos dez anos.
E, no mês passado, a atividade da indústria manufatureira da China contraiu-se pela primeira vez em 19 meses, enquanto em novembro, os lucros da indústria na China registaram a primeira queda homóloga, de 1,8%, desde dezembro de 2015, e as vendas a retalho, o principal indicador do consumo privado, recuaram para 8,1%, o ritmo mais lento desde maio de 2003.
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