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Vila Galé "relativamente otimista" para 2019 afasta grandes crescimentos

O administrador do Vila Galé Gonçalo Rebelo de Almeida disse hoje que o grupo está "relativamente otimista" para 2019, sem prever crescimentos como os dos últimos dois anos, mas tranquilo se as receitas se mantiverem.

Vila Galé "relativamente otimista" para 2019 afasta grandes crescimentos
Notícias ao Minuto

22:53 - 09/01/19 por Lusa

Economia Administração

"Continuamos relativamente otimistas, sem se preverem grandes crescimentos como nos últimos dois anos, mas isso também não é expectável. Só em projeções fantasiosas é que os ciclos económicos estão permanentemente a crescer. Nós já cá estamos há 30 anos e já assistimos basicamente a três ciclos positivos e três ciclos negativos", afirmou o responsável num encontro com a imprensa.

O Grupo Vila Galé, que detém 32 hotéis em Portugal e no Brasil, obteve um volume de negócios de 184 milhões de euros em 2018, mais 6% do que as receitas registadas em 2017.

"Se os resultados se mantiverem [este ano] em linha com os do ano passado estamos tranquilos", acrescentou.

O ano de 2018 também parecia, segundo Gonçalo Rebelo de Almeida "altamente promissor nos primeiros quatro, cinco meses", criando "expectativas de se continuar com grandes crescimentos", mas os sinais foram "sendo atenuados ao longo do ano", o que referiu também "não ter sido completamente surpresa".

Ainda assim, 2018 revelou-se "positivo em termos de receitas, apesar de se ter notado já uma ligeira queda de cerca de 2% nos quartos ocupados", que define como "um ligeiro reajustamento".

Mesmo não sendo "números nada preocupantes", até porque o preço médio global, fruto de algumas medidas, subiu 7% em 2018, o grupo prevê a manutenção este ano do que começou a sentir no ano passado.

"Há um conjunto de fatores que já vêm de trás e que acabam por ter reflexo, nomeadamente, a instabilidade reconhecida no Reino Unido, que continua a ser um dos principais mercados para Portugal, com a indefinição quanto ao cenário do 'Brexit' que provoca oscilações no valor da libra, a nova dinâmica de destinos como a Turquia, a Tunísia ou o Egito, que teve impacto e que são concorrentes em certa medida dos destinos como o Algarve ou a Madeira, e principalmente no produto de 'all inclusive' para famílias, onde estes são muito fortes", explicou.

Reflexos que dão sinais de se manterem. "Prevemos, obviamente, algum abrandamento de alguns mercados emissores", disse.

"Nas conversas com os principais parceiros e distribuidores, operadores turísticos, sites de reservas, nota-se efetivamente algum abrandamento, mas, de qualquer forma, para 2019 - se não acontecer nada de absolutamente estranho em nenhum dos mercados emissores ou na Europa, ou no transporte aéreo, ou em todos estes aspetos que possam influenciar a 'performance' - a expectativa é que não seja muito diferente de 2018: comportamentos mais positivos são esperados nas regiões de Lisboa, Centro, Norte e no próprio aAlentejo, e alguma variação maior no Algarve e Madeira, que são mais impactados por estes movimentos de procura de outros destinos" como a Turquia, Tunísia ou Egito.

Sobre o anúncio do memorando de entendimento assinado entre o Estado e a Vinci para o alargamento do aeroporto da Portela e a construção da infraestrutura complementar do Montijo, frisou que "o Vila Galé está contente, porque os constrangimentos são óbvios na Portela".

"Era absolutamente vital para o país e para a região em particular haver uma solução para este tema. A Portela [aeroporto em Lisboa] poderá ter ainda alguma capacidade de crescimento, que deve acelerar, porque senão, o que acontece é que há uma estagnação de clientes e passageiros a chegar a Lisboa e continua a assistir-se a um alargamento da oferta, quer em termos de hotéis tradicionais, quer de alojamento local (...). A matemática é simples: com mais oferta [e com o mesmo número de clientes a chegar], haverá uma degradação das taxas de ocupação e dos preços médios", considerou.

Em Portugal, onde detém 23 hotéis, o grupo teve receitas de 112 milhões de euros em 2018, que comparam com os 106 milhões registados em 2017, afirmou o administrador.

Já as unidades hoteleiras que o grupo detém no Brasil somaram receitas de 318 milhões de reais, representando um aumento de 20% face aos 265 milhões de reais verificados em 2017.

Sobre o Brasil, o administrador afirmou que a "expectativa é de que a situação vai estabilizar" e, por isso, o grupo pretende "manter e reforçar" naquele mercado.

O Vila Galé tem em desenvolvimento seis novas unidades hoteleiras, quatro em Portugal e duas no Brasil, a abrir entre este ano e início de 2020, num investimento de cerca de 90 milhões de euros.

Em 2018, os portugueses mantiveram-se como o principal cliente nos hotéis Vila Galé em Portugal, representando cerca de 30%. Seguiram-se os mercados alemão, britânico, espanhol e francês. Contudo, Gonçalo Rebelo de Almeida destacou o crescimento da procura por parte dos turistas norte-americanos e brasileiros, que protagonizaram as maiores subidas quanto ao número de noites.

No Brasil, os turistas internos pesam cerca de 85% nas dormidas daquelas unidades hoteleiras.

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