"Coletes amarelos" em França penalizaram economia da zona euro

Os protestos que paralisaram grande parte de França em dezembro pesaram na atividade do setor da indústria e dos serviços da zona euro, que cresceu ao ritmo mais lento em mais de quatro anos, divulgou hoje a IHS Markit.

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© Reuters

Lusa
04/01/2019 12:23 ‧ 04/01/2019 por Lusa

Economia

dezembro

 

O índice PMI compósito -- índice de gestores de compras -- que mostra a evolução da atividade económica no setor da indústria e dos serviços na região, desceu para 51.1 em dezembro, o nível mais baixo em mais de quatro anos, face aos 52.7 registados no mês anterior, divulgou hoje a IHS Markit.

A verificar-se uma queda similar em janeiro, o índice descerá para menos de 50, o que corresponde a uma contração.

De acordo com o relatório da IHS Markit, o abrandamento do crescimento em dezembro reflete a primeira queda da atividade dos serviços em França nos últimos dois anos e meio, na sequência dos protestos dos "coletes amarelos".

"Embora uma queda nos negócios em França possa ser parcialmente atribuída aos protestos dos "coletes amarelos", o resto da região não tem nenhum desses fatores atenuantes, apesar da recente fraqueza do setor automóvel, esperamos que seja um contratempo temporário", afirma Chris Williamson, economista-chefe para a área de negócios da IHS Markit.

Entre os países que contribuem para o PMI compósito, na Alemanha o indicador registou o seu desempenho mais fraco em cinco anos e meio (51.6), enquanto em França desceu para um mínimo de mais de quatro anos, nos 48.7, um nível abaixo de 50, sinónimo de contração.

Já Itália resistiu a uma tendência mais ampla de queda, apesar de o indicador ter apenas estabilizado nos 50, depois de dois meses de contração.

Recorde-se que os protestos dos "coletes amarelos" começaram em 19 de novembro, contra a subida dos impostos sobre os combustíveis, mas desde então multiplicaram-se as manifestações contra a agenda de Macron e o seu estilo de governação.

Os protestos bloquearam estradas e fecharam centros comerciais. Os receios levaram muitas lojas e restaurantes a fechar portas em muitas cidades do país.

 

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