Meteorologia

  • 20 ABRIL 2024
Tempo
17º
MIN 15º MÁX 23º

Moeda única negocia perto do nível de 1999 quando foi lançada

A moeda única europeia assinala 20 anos no próximo dia 01 de janeiro e está a negociar em valores próximos dos que registava quando foi lançada, há duas décadas.

Moeda única negocia perto do nível de 1999 quando foi lançada
Notícias ao Minuto

08:24 - 30/12/18 por Lusa

Economia 20 anos do euro

A cotação do euro desceu 3% face ao dólar nos últimos 20 anos.

Na sexta-feira, o euro negociava nos 1,1445 dólares, pouco abaixo dos 1,1800 dólares a que negociava em 01 de janeiro de 1999, também uma sexta-feira, de acordo com dados da agência Bloomberg.

Desde essa altura, o euro percorreu um caminho de duas décadas, com altos e baixos.

O valor mais baixo foi alcançado em 25 de outubro de 2000, nos 0,8255 dólares.

Já o valor de fecho mais elevado, 1,599 dólares, foi registado em 22 de abril de 2008, de acordo com dados da Bloomberg. Nesse mesmo dia, o euro superou os 1,60 dólares, o valor mais elevado desde que foi lançado, em 01 de janeiro de 1999.

Naquela altura, a impulsionar a valorização do euro estiveram várias declarações de responsáveis do Banco Central Europeu (BCE), a reforçarem as preocupações existentes em relação à inflação na zona, o que aumentou a expectativa de que os juros na zona euro iriam continuar em máximos de seis anos.

Ao recuarmos até abril de 2008, a inflação na zona euro estava nos 3,6%, o nível mais elevado em quase 16 anos, de acordo com um relatório que tinha sido divulgado em 16 de abril, relativo a março, um nível muito acima do objetivo do BCE de 2% para a inflação na zona euro.

Perante este valor, Klaus Liebscher, que liderava na altura o banco central de Áustria, veio dizer que a inflação não deixava espaço para o BCE descer os juros na zona euro. E também Christian Noyer, governador do Banco de França, reforçou que a Europa tinha de descer a inflação para 2%.

"O nosso maior problema é garantir que a inflação desce para um nível abaixo de 2% no próximo ano. Faremos o que for preciso", afirmou o governador do Banco de França na altura.

Em abril de 2008, a principal taxa de juro fixada pelo BCE estava nos 4%, muito longe dos atuais 0%, como forma de proteção contra a elevada inflação.

É que num contexto de subida dos preços, com uma elevada inflação, descer as taxas de juro (que influenciam, nomeadamente, os indexantes dos empréstimos) faz com que as pessoas fiquem com mais dinheiro disponível para consumir porque têm de pagar menos pelos créditos. Ora, um aumento do consumo é, por definição, um incentivo do lado da oferta para subir os preços, contribuindo para um reforço da inflação.

Naquela altura, a pressionar o dólar e, consequentemente, a dar força ao euro, esteve também a crise do 'subprime' nos Estados Unidos, cada vez mais evidente, e que esteve na origem daquela que muitos consideram a maior crise desde 1929.

A propósito dos 20 anos do euro, o presidente do BCE, Mário Draghi, afirmou, num discurso em 15 de dezembro, que "as duas décadas em que o euro existiu talvez tenham sido únicas", primeiro com "o culminar de uma recuperação de 30 anos no ciclo financeiro global", e depois com "a pior crise económica e financeira desde a década de 1930".

Para o presidente do BCE, excecionais como foram, estes dois períodos podem ensinar-nos lições úteis sobre o que ainda é preciso fazer.

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório