Atenção, supermercados em greve. Sindicato espera "adesão significativa"
O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) espera uma "adesão com expressão significativa" na greve de hoje dos funcionários dos supermercados, enquanto a associação do setor, a APED, manifestou-se "tranquila".
© LUSA
Economia Comércio
A estrutura sindical tinha lançado um pré-aviso de greve para os trabalhadores das empresas de distribuição (super, hipermercados, armazéns e logísticas das empresas de distribuição e lojas especializadas) para o dia de hoje, véspera de Natal, apontando a ausência de acordo nas negociações com a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) como razão para a paralisação.
Em declarações à Lusa, o diretor-geral da APED, Gonçalo Lobo Xavier, disse estar "tranquilo" e "não esperar dificuldades" na véspera de Natal, admitindo apenas que poderá haver "algumas perturbações".
Segundo o responsável, o setor da distribuição estará "todo a funcionar com normalidade".
Gonçalo Lobo Xavier sublinhou ainda o facto de as negociações estarem a decorrer com o sindicato e que a próxima reunião irá acontecer em 21 de janeiro.
Por sua vez, o CESP espera uma "adesão com expressão significativa", salientando que pelas 10:30 será realizada uma conferência de imprensa junto às instalações da APED, em Lisboa, onde os trabalhadores vão "entregar os seus presentes [reivindicações]" à associação que representa o setor.
Segundo o CESP, depois de "26 meses de negociação", as empresas representadas pela APED e que incluem a "Sonae, Pingo Doce/Jerónimo Martins, Auchan, Lidl, Dia/Minipreço, El Corte Inglés e muitas outras, continuam a não apresentar propostas de verdadeiro aumento dos salários e correção das injustiças e discriminações existentes".
O sindicato acusa as empresas de quererem manter a distribuição como um setor de salário mínimo nacional, referindo que com a proposta em cima da mesa a evolução salarial desde a admissão até ao topo de carreira, para os trabalhadores dos escritórios e lojas, "será de 30 euros", quando na penúltima revisão do Contrato Coletivo de Trabalho, em 2010, era de 139,5 euros.
A APED salienta ainda que tudo será feito para "minimizar o impacto de greve para os consumidores".
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