Contas públicas. Portugal com excedente orçamental de 0,7% até setembro
Após um défice de 1,9% no primeiro semestre, as contas públicas passaram a terreno positivo.
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Economia INE
O Instituto Nacional de Estatísticas (INE) anunciou, esta sexta-feira, que as contas públicas passaram a um excedente de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) até ao final de setembro.
"No conjunto dos três primeiros trimestres de 2018, o saldo global das AP [Administrações Públicas] fixou-se em 1.111,2 milhões de euros, representando 0,7% do PIB (-3,2% em igual período do ano anterior)", pode ler-se no relatório do INE.
No conjunto dos dois primeiros meses do ano, ou seja, até junho o défice em contas nacionais tinha-se situado em 1,9% do PIB, abaixo dos 6,1% registados no período homólogo.
O que pode penalizar as contas
Segundo a UTAO, para o quarto trimestre "são esperadas pressões descendentes sobre o saldo orçamental que não deverão, contudo, colocar em causa a obtenção de um saldo no conjunto dos quatro trimestres melhor do que o projetado pelo Ministério das Finanças".
O Ministério das Finanças já alertou para a existência de fatores de pressão como o pagamento do subsídio de Natal em novembro ou a injeção no Novo Banco que poderão degradar o saldo orçamental até final do ano.
Um desses fatores é a despesa de 913 milhões de euros referente à injeção de capital no Novo Banco e mais 121 milhões de pagamentos aos lesados do BES. Estes valores não são considerados em contas públicas, mas sim em contabilidade nacional, ou seja, a do INE e a que interessa a Bruxelas.
Outro fator de pressão é o subsídio de Natal que foi pago aos funcionários públicos e aos pensionistas por inteiro em novembro e não em duodécimos, que se estima que venha a degradar o saldo em cerca de 2.980 milhões de euros, segundo as Finanças.
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