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OPEP defende "cooperação" para estabilização do mercado petrolífero

O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Mohamed Sanusi Barkindo, defendeu hoje a "cooperação contínua e permanente" entre os países produtores e consumidores de crude, em prol da "manutenção da estabilidade" do mercado petrolífero.

OPEP defende "cooperação" para estabilização do mercado petrolífero
Notícias ao Minuto

16:00 - 18/12/18 por Lusa

Economia Barkindo

"As crises petrolíferas são cíclicas e, sendo assim, devemos trabalhar para reduzir o impacto de cada ciclo, isto é, se o presente ciclo levou quatro anos devemos evitar que isso volte a acontecer", disse hoje, em Luanda, à saída de uma audiência com o Presidente angolano, João Loureço.

Em declarações aos jornalistas, Barkindo assinalou a relevância da 175.ª conferência da Organização, realizada, na última semana, em Viena, em que foi decidido um corte na produção de até 1,2 milhões de barris/dia, a partir de janeiro, apontando a necessidade do reforço da cooperação com os países não OPEP.

Segundo o responsável do cartel, o encontro com João Lourenço foi "oportuno e produtivo", pois, explicou, as atuais condições do mercado de petróleo e gás, bem como os eventos que decorreram em 2018, dominaram as conversas no Palácio Presidencial, na Cidade Alta, em Luanda.

"Também queremos exprimir o nosso agradecimento ao Presidente angolano pelo contínuo apoio que Angola presta à OPEP, nos seus esforços conjuntos no sentido de manter o mercado petrolífero estável e também com a pujança necessária", salientou.

Em visita oficial em Angola, segundo maior produtor de petróleo em África, país que desde 2014 enfrenta uma crise financeira e cambial devido a queda do preço do petróleo a nível internacional, o secretário-geral da OPEP falou em "severa recessão económica" dos países produtores nesse período.

Para os países produtores, realçou, "pior ainda foi presenciar uma severa recessão económica e a questão que se colocava na altura era o porquê. Na verdade, porque os preços do petróleo baixaram a um nível que nunca antes se tinha visto, cerca de 80%, principalmente, de 2014 a 2016, e ninguém ficou de fora dessas consequências".

"E, além disso, também, em termos de receitas perdeu-se cerca de meio trilião de dólares por causa dessa recessão e aqui vemos que todos os países ficaram afetados, tanto os OPEP como os não OPEP", sustentou.

Por isso, acrescentou, em 2016, a OPEP tomou a decisão de criar um mecanismo de cooperação para que se possa resolver a questão e estabilizar o mercado petrolífero", decisão que foi reforçada a 06 e 07 deste mês em Viena, com a aprovação de uma redução de 1,2 milhões de barris/dia na produção de crude (2,6% do total).

"Como vimos, essa tendência de baixa do preço do petróleo, como resultado dessa declaração, foi estancada e houve uma estabilidade desde janeiro de 2017 até junho de 2018, portanto, aqui devemos continuar a trabalhar", rematou.

Barkindo, que inicialmente tinha previsto terminar a visita a Angola ao princípio da manhã de quarta-feira, deixa Luanda hoje à tarde.

O secretário-geral da OPEP, que chegou domingo a Luanda, mas só começou a parte oficial da visita no dia seguinte, teve encontros com o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos de Angola, Diamantino Azevedo, e com as administrações de várias petrolíferas locais, como a Sonangol.

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