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OPEP critica recusa dos EUA em permitir aumento do petróleo

O secretário-geral da OPEP criticou hoje aquilo que considerou ser a "falta de responsabilidade" dos Estados Unidos, cuja administração defende preços de petróleo nos mercados internacionais abaixo dos 50 dólares por barril.

OPEP critica recusa dos EUA em permitir aumento do petróleo
Notícias ao Minuto

19:41 - 17/12/18 por Lusa

Economia Preços

Mohamed Sanuzi Barkindo, engenheiro nigeriano que lidera a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), falava aos jornalistas após uma reunião, em Luanda, com o conselho de administração da petrolífera angolana Sonangol, no quadro da visita de trabalho de dois dias a Angola.

"Os Estados Unidos foram afetados negativamente quando houve a crise de 2015 e 2016 e até mesmo em 2017. Percebemos. Mas ressalvamos que é necessário manter a estabilidade no mercado de petróleo e que isso é bom para os Estados Unidos e para as petrolíferas norte-americanas. Mas, para nós, era necessário mantermo-nos focados e não ceder a essa falta de responsabilidade", referiu Barkindo.

Segundo o secretário-geral da OPEP, os países produtores, as empresas multinacionais e nacionais e consumidores "estão todos no mesmo barco".

"Lançamos um diálogo energético com os Estados Unidos e temo-nos encontrado com diversas empresas do setor norte-americano. Acreditamos que as decisões que tomamos são, não só boas para a OPEP, como também para os produtores e ainda para os países consumidores", sublinhou.

"Os Estados Unidos, que são hoje o maior produtor de petróleo do mundo, que se tornou recentemente um exportador líquido de crude para os mercados internacionais, [terão benefícios], assim como para os países que são grandes consumidores, como a China, a Índia, Japão e outros. Vivemos uma economia global e a nossa indústria é também global", frisou.

O foco, prosseguiu, é criar estabilidade entra a oferta e a procura, sendo necessário "equilibrar" o mercado, razão pela qual a OPEP não fixa os preços do petróleo, pois é o próprio mercado que os determina.

Nesse sentido, Barkindo escusou-se a avançar o que poderia ser um preço ideal para a OPEP.

"Focamo-nos apenas na estabilidade. Sempre que vemos o mercado estabilizado, é bom para nós, produtores, e para os consumidores. Não podemos tomar medidas só no interesse dos países produtores porque queremos continuar a equilibrar a oferta e a procura nos mercados globais. Preços altos não são bons para os consumidores, preços baixos não são bons para os produtores. Temos de encontrar um equilíbrio e isso é que nós, na OPEP, bem como os Estados membros, estamos a tentar fazer", sublinhou.

Barkindo acrescentou que foi essa a decisão tomada na reunião anual da OPEP, que decorreu a 06 e 07 deste mês, em Viena, onde os Estados membros decidiram cortar a produção em 1,2 milhões de barris/dia, o que equivale a 2,6% do total.

"Estou confiante que a decisão que tomamos em Viena irá permitir evitar que aconteça em 2019 o que sucedeu em 2015 e 2016. (?) Testemunhamos um colapso nos mercados do petróleo que chegou aos 80%, o que levou a produção a atingir níveis sem precedentes de mais de 400 milhões de barris de petróleo ao longo de quase cinco anos.

O que decidimos foi reduzir a oferta de forma a equilibrar os preços", sintetizou.

Em relação a Angola, e também sobre a decisão da reunião de Viena, Barkindo mostrou "satisfação" por as autoridades de Luanda terem assinado o acordo e por a Sonangol ir implementá-lo.

Sobre a visita a Luanda, Barkindo indicou que, sendo Angola um país "líder" da organização, é "normal" o secretariado geral da OPEP visitar frequentemente os Estados membros, de forma a informá-los sobre as atividades e aferir os progressos nacionais de cada um deles.

"Monitoramos, numa base diária, as atividades diárias dos Governos dos Estados membros e as companhias nacionais e disseminamos essas informações", acrescentou.

Barkindo, que chegou domingo a Luanda, que deixa ao início da manhã de quarta-feira, elogiou ainda as reformas em curso no setor petrolífero angolano.

"O que vi hoje na Sonangol é altamente recomendável e todos nós devemos apoiar os esforços da Sonangol e do Governo angolano para reposicionar a indústria petrolífera angolana no caminho do crescimento e desenvolvimento", concluiu.

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