Wall Street fecha em forte baixa por receio de arrefecimento económico
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em forte baixa, numa semana marcada por um intensificar da volatilidade e com os investidores receosos de verem o crescimento económico mundial diminuir.
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Economia Bolsas
Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 2,02%, para fechar no seu nível mais baixo desde o final de maio, nos 24.100,51 pontos. Depois de mais este recuo, este índice já está 10% abaixo do seu recorde, que estabeleceu no início de outubro.
O tecnológico Nasdaq caiu ainda mais, ao desvalorizar 2,26%, para as 6.910,66 unidades.
O alargado S&P500, por seu lado, contraiu-se 1,91%, fechando nos 2.599,95 pontos.
No conjunto da semana, o Dow Jones perdeu 1,2%, o Nasdaq caiu 0,8% e o S&P500 recuou 1,3%.
Como antes as praças europeias e asiáticas, o mercado nova-iorquino foi travado hoje "pela impressão de que o crescimento da economia internacional está verdadeiramente em vias de diminuir e é possível uma recessão no próximo ano", estimou Nathan Thooft, da Manulife Asset Management.
Os investidores foram marcados, em particular, pela diminuição das vendas do comércio retalhista e da produção industrial na China, em novembro, e depois pela diminuição do crescimento do setor privado na zona euro, em dezembro.
Estes números relegaram, em todo o caso, para segundo plano estatísticas encorajadoras nos Estados Unidos da América, como a ligeira progressão das vendas do comércio retalhista e os sinais de distensão nas discussões entre Pequim e Washington.
A China anunciou hoje que ia suspender, em 01 de janeiro, durante três meses, as sobretaxas aduaneiras impostas aos automóveis e às peças sobresselentes importadas dos EUA.
Mas "evitar o risco até ao final do ano parece ser a palavra de ordem nos mercados", realçou Gregori Volokhine, da Meeschaert Financial Services.
Os números chineses, por exemplo, "não foram muito bons, mas também não foram dramáticos", sublinhou. "E os mercados no mundo inteiro estão em baixa desde há meses, porque antecipam a diminuição do crescimento", recordou.
"Nada mudou verdadeiramente, a não ser o sentimento dos investidores", considerou Volokhine.
Os índices também sofreram hoje com a acentuada queda das ações do grupo de produtos de higiene Johnson & Johnson, que perdeu 10,04%, depois de a comunicação social ter revelado que escondeu, deliberadamente, durante décadas, a presença de amianto no seu pó de talco.
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