Empresa de trabalho portuário OPERESTIVA saúda acordo com estivadores
A OPERESTIVA- Empresa de Trabalho Portuário de Setúbal saudou hoje o acordo alcançado para o regresso ao trabalho dos estivadores do Porto de Setúbal, mas não deixou de lamentar os "prejuízos económicos" para todos neste processo.
© Facebook SEAL
Economia Setúbal
"Desde 2017 que a OPERESTIVA procura ativamente uma solução para o problema da precariedade no Porto de Setúbal. E lamentamos que só agora tenha sido possível chegar a um acordo, com todos os prejuízos económicos para trabalhadores, operadores e utilizadores do Porto, que o radicalizar de posições inevitavelmente trouxe", lê-se no comunicado divulgado pela empresa.
A OPERESTIVA garantiu que, nas próximas semanas, tudo fará para "normalizar a operação, regularizando a carga atrasada e na esperança que seja possível recuperar as linhas entretanto perdidas".
O texto começa com a felicitação ao Sindicato dos Estivadores e Atividade Logística (SEAL), por "finalmente ter acedido às condições propostas e assim permitir um acordo que normalize as operações no Porto de Setúbal".
As felicitações foram estendidas a todos os operadores que abriram vagas nos seus quadros permanentes, "criando assim uma solução mais abrangente".
Fonte sindical tinha confirmado hoje à Lusa o acordo entre o SIAL e os operadores portuários, sob mediação do Governo.
Segundo a mesma fonte, o acordo entre o SEAL e os operadores portuários de Setúbal, que põe termo à paralisação daquele porto, prevê a passagem a efetivos de 56 trabalhadores precários e o levantamento de todas as formas de luta, incluindo a greve ao trabalho extraordinário.
O acordo, que já foi aprovado, hoje de manhã, por unanimidade, pelos estivadores precários de Setúbal que recusavam apresentar-se ao trabalho desde o dia 5 de novembro, garante também a prioridade na atribuição de trabalho aos atuais trabalhadores eventuais que não sejam integrados nos quadros dos operadores portuários, face a outros que ainda não estejam a laborar no porto de Setúbal.
Esta semana a AISET, Associação Industrial da Península de Setúbal alertou para a "asfixia" das principais empresas exportadoras da região de Setúbal que estavam impedidas de importar matéria-prima e de exportar os seus produtos devido à paralisação do Porto de Setúbal.
Na quinta-feira, a Autoeuropa também alertou os funcionários da empresa para a possibilidade de terem de fazer uma paragem de produção devido à falta de espaço para parquearem mais viaturas, uma vez que a fábrica de Palmela já tem mais de 20.000 viaturas parqueadas em diversos locais, incluindo na Base Aérea do Montijo, devido à paralisação do porto de Setúbal.
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