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Angola rescinde contratos de exploração de depósitos diamantíferos

O governo angolano rescindiu dois contratos para exploração de depósitos secundários de diamantes na província da Lunda Norte, no leste do país, segundo documentação a que a Lusa teve hoje acesso.

Angola rescinde contratos de exploração de depósitos diamantíferos
Notícias ao Minuto

16:31 - 11/12/18 por Lusa

Economia Angola

Em causa estão dois despachos de 4 de dezembro, assinados pelo ministro dos Recursos Minerais e Petróleos de Angola, Diamantino de Azevedo, alegando, entre outros motivos e ao abrigo do Código Mineiro, a inviabilidade técnico-económica dos projetos e o incumprimento de obrigações legais.

Os despachos com a rescisão dos contratos envolvem em concreto as operações de depósitos secundários de diamantes de Cassanguide e de Chimbongo, surgindo numa altura em que que o Governo angolano está a reorganizar o setor diamantífero nacional.

Ambos os documentos não referem as empresas envolvidas, mas acrescentam que os titulares dos direitos mineiros agora revogados "são obrigados a reparar quaisquer danos causados", bem como ao "cumprimento de outras obrigações decorrentes do exercício da atividade mineira".

A Endiama, empresa pública concessionária do setor diamantífero em Angola, estima para 2018 a produção de até 9,3 milhões de quilates de diamantes e uma faturação a rondar os 1.300 milhões de dólares (1.140 milhões de euros).

O Governo angolano aprovou a 05 de dezembro, em Conselho de Ministros, o Regulamento Técnico de Comercialização de Diamantes Brutos que, na prática, põe fim ao monopólio da venda, conforme comunicado final daquela reunião governamental.

O regulamento, lê-se no documento, é um instrumento legal que estabelece as modalidades de compra e venda de diamantes, com o intuito de "atingir os objetivos estratégicos do setor mineiro e da política de comercialização definida pelo executivo, visando aumentar a prospeção e exploração, fomentar o investimento externo, instalar fábricas de lapidação e obter maiores receitas para o Estado.

"Foi aprovada há já algum tempo a política para a proteção de diamantes, que tem como fundamento primeiro a eliminação do monopólio da comercialização de diamantes brutos que existia no país", explicou o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos de Angola, Diamantino de Azevedo.

A 07 de agosto último, Diamantino de Azevedo anunciou uma reestruturação no setor geológico-mineiro no país, que passa pela remodelação das empresas públicas e concessionárias do país, como a Endiama e a Ferrangol.

Diamantino Azevedo salientou então que o processo culminará com a separação da função de concessionária, por se entender que essas empresas só se tornarão mais eficientes quando se dedicarem efetivamente ao seu objeto social, evitando a dispersão.

O governante angolano apontou a prospeção, exploração e o condicionamento dos recursos minerais como a vocação da Endiama e da Ferrangol, explicando que as medidas se integram na mudança de paradigma liderada pelo Governo do Presidente angolano, João Lourenço.

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