Na quinta-feira, um juiz brasileiro autorizou a família de Ghosn a "recuperar bens e documentos pessoais" que se encontram no apartamento em questão, situado junto à praia de Copacabana.
O apartamento, que pertence à Nissan, era utilizado pelo ex-presidente executivo do grupo automóvel quando se deslocava ao Brasil.
Segundo a Agência Brasil, a família tinha apresentado um pedido na justiça para aceder ao local, após ter constatado que a fechadura foi mudada a pedido da empresa japonesa.
A Nissan anunciou no domingo à noite que recorreu para um tribunal superior, sublinhando que os representantes de Ghosn não podem "ter acesso legal" ao apartamento enquanto o recurso está a ser apreciado.
A empresa disse que contesta a decisão da justiça "devido à forte probabilidade (...) de destruição de provas".
Nascido no Brasil, o ex-líder da aliança automóvel Renault-Nissan-Mitsubishi Motors foi detido no passado dia 19 de novembro em Tóquio.
Hoje, foi formalmente acusado de ocultar rendimentos durante um período de cinco anos.
A Nissan acusa-o também de uso indevido de ativos da empresa, incluindo o uso de residências de luxo a expensas do grupo, como é o caso do apartamento de Copacabana.