Salário mínimo não sobe mais por falta de "consenso"
O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social falou aos jornalistas depois da reunião de Concertação Social que ditou o aumento do Salário Mínimo Nacional.
© Global Imagens
Economia Vieira da Silva
O Salário Mínimo Nacional vai subir para os 600 euros e, no caso dos funcionários públicos, para os 635 euros, tal como foi, esta sexta-feira, acordado em sede de Concertação Social.
À saída da reunião, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social disse aos jornalistas que fica assim “cumprido um dos mais importantes compromissos do programa do Governo”, sublinhando ainda que o valor não subiu mais porque “não houve consenso”.
Vieira da Silva explicou que este aumento irá traduzir-se, em “termos reais”, num aumento a rondar os “14% até ao final da legislatura”, o que é “mais do que era previsível” quando este “percurso” foi fixado pelo Executivo.
Nesta senda, o ministro fez ainda questão de recordar que este “aumento é feito num contexto em que todas as críticas que lhe foram feitas foram desmentidas pela realidade”.
“O Salário Mínimo Nacional (SMN) não provocou desemprego, as pessoas não passaram a viver do SMN e o aumento do SMN, a par da elevação dos níveis de emprego, deram um contributo muito marcante para a melhoria dos indicadores sociais”, acrescentou.
Segundo o governante “hoje parece que começa a haver a ideia de que poderia ser mais de 600 euros, mas quando o Governo fixou esta meta a maior parte dos observadores consideraram-na irresponsável, temerária, dizendo que que iria atrair todos os males do mundo, mas nada disso aconteceu”.
Questionado sobre a razão de o aumento para os funcionários públicos ser maior, Vieira da Silva lembra que estes trabalhadores do Estado “não tiveram, ao longo destes anos, nem uma atualização salarial, nem sequer beneficiaram da recuperação que outros trabalhadores da administração pública beneficiaram com o fim dos cortes que foram introduzidos pelo anterior governo”.
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