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"Despedimento coletivo na corticeira Pietec tem de ser travado"

O secretário geral da CGTP, Arménio Carlos, afirmou hoje que o despedimento coletivo de 41 trabalhadores da corticeira Pietec, de Santa Maria da Feira, tem de ser travado e defendeu que os funcionários têm de ser reintegrados.

"Despedimento coletivo na corticeira Pietec tem de ser travado"
Notícias ao Minuto

19:39 - 04/12/18 por Lusa

Economia Arménio Carlos

"O despedimento coletivo tem de ser travado, a empresa tem de ser chamada à razão e os trabalhadores têm de ser reintegrados", disse Arménio Carlos aos jornalistas durante um protesto destes trabalhadores junto do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, em Lisboa.

Enquanto elementos do grupo de trabalhadores abrangidos pelo processo de despedimento se manifestavam, uma delegação de sindicalistas foi recebida no Ministério do Trabalho para entregar um dossier do processo.

Na ocasião, o líder da CGTP defendeu que o despedimento tinha de ser travado, alegando que "a laboração contínua para a produção de rolhas não é propriamente um serviço público essencial à vida, ao bem-estar das pessoas e ao desenvolvimento do país".

Num protesto que contou com uma árvore de Natal, com rolhas de cortiça penduradas, símbolo "do pesar pelo momento" pelo qual passam estes trabalhadores, Arménio Carlos disse que "ninguém percebe" que as rolhas produzidas na empresa ao fim de semana tenham "mais valor do que as produzidas durante a semana".

E prosseguiu: "A não ser por uma razão: é que ao sábado e domingo na laboração contínua não se paga trabalho extraordinário. Aí é que está o busílis da questão", pois "demonstra que continuamos a ter uma legislação que, com a cobertura do Governo, está a facilitar comportamentos desta natureza, anti-laborais e antissociais, de empresas como a Pietec para reduzir os rendimentos dos trabalhadores".

"Ou seja, pô-los a trabalhar todos os dias sem lhes pagar, neste caso concreto, a compensação adequada relativamente aos dias de descanso semanal que deveriam ter e que, neste caso, são eliminados ao sábado e ao domingo", advertiu o líder da CGTP.

O presidente do Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte, Alírio Martins, que integrou a delegação que se deslocou ao ministério, disse que a reunião "foi mais uma".

"O que viemos fazer e dizer foi demonstrar que este despedimento coletivo é ilegal e que temos provas", afirmou, adiantando que aquilo que detetaram "é que afinal o ministério ainda não resolveu nada, ainda está a estudar o processo" e que "é mentira" que os contratos individuais de trabalho de cada pessoa contemplem "o horário para uma laboração contínua".

Em causa está a extinção de 41 postos laborais na corticeira, que propôs aos trabalhadores que transitassem para uma anunciada unidade de produção de rolhas em microgranulado mediante contratos novos que manterão o vínculo de antiguidade à empresa, mas apenas se os abrangidos aceitarem o regime de laboração contínua.

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