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OPA: Mexia só espera desenvolvimentos em 2019 por ser um "processo longo"

O presidente executivo da EDP, António Mexia, disse hoje só esperar desenvolvimentos em 2019 na oferta pública de aquisição (OPA) feita pela China Three Gorges à elétrica, por ser um "processo inevitavelmente longo" e necessitar de "muitas autorizações".

OPA: Mexia só espera desenvolvimentos em 2019 por ser um "processo longo"
Notícias ao Minuto

13:10 - 03/12/18 por Lusa

Economia Empresas

"Este processo é um processo naturalmente longo porque a análise regulatória se faz em muitos países, em mais de uma dezena, e há questões muito importantes a tratar pela companhia e pelos reguladores e por isso é um processo que em 2019 terá ainda desenvolvimentos", afirmou o responsável, que falava à margem da conferência "Portugal-China, uma relação com futuro", em Belém, Lisboa.

Recordando que isso não depende nem da EDP nem da CTG, mas antes da "resposta dos reguladores", António Mexia considerou que em causa estão "provavelmente meses".

A conferência de hoje, que acontece na véspera da visita do Presidente da China, Xi Jinping, a Portugal, reuniu responsáveis de várias empresas com acionistas chineses.

Questionado se a visita influencia o processo da OPA, António Mexia disse que isso acontece "no meio de um percurso".

"As entidades competentes [...] estão a fazer aquilo que lhes compete", pelo que "o percurso está a seguir normalmente e vamos ver quais são os resultados", referiu o responsável, vincando não ser "nada de esperar nestes dias".

No início do mês, a CMVM advertiu que as OPA lançadas pela CTG à EDP e à EDP Renováveis devem ser lançadas "em simultâneo", estando a operação sujeita "ao sucesso" na elétrica.

"Perante o anúncio público da intenção de adquirir as duas sociedades em causa, as ofertas devem -- em conformidade com a prática seguida em operações anteriores -- ser lançadas em simultâneo", indicou a CMVM.

Aquela entidade reguladora assinalou, porém, que "o sucesso da OPA" sobre a sobre a EDP Renováveis fica, contudo, "sujeito ao sucesso da OPA sobre a EDP", a sociedade dominante.

O esclarecimento surge depois de, no final de junho passado, a EDP Renováveis ter questionado a CMVM sobre este processo.

Em 11 de maio passado, a CTG anunciou a intenção de lançar uma OPA voluntária sobre o capital da EDP, oferecendo uma contrapartida de 3,26 euros por cada ação, cujo pedido foi registado junto do regulador, sem alterações ao preço oferecido inicialmente.

O preço oferecido pela CTG é a principal razão pela qual a administração da EDP tem recomendado aos acionistas que não aceitem esta oferta, por não refletir adequadamente o valor da elétrica, pois o prémio implícito é baixo, considerando a prática pelas empresas europeias do setor.

A administração da EDP realça ainda que o preço proposto está abaixo do oferecido em 2011, quando a CTG adquiriu 21,35% da elétrica.

Também o Conselho de Administração da EDP Renováveis, liderado por Manso Neto, recomendou aos acionistas "não aceitar o preço da oferta" da CTG, por não traduzir o valor da empresa, e considerou que "o calendário proposto subjacente à oferta poderá não corresponder aos melhores interesses dos acionistas da EDP Renováveis e deveria ser clarificado".

A CTG, que já detém 23,27% do capital social da EDP, pretende manter a empresa com sede em Portugal e cotada na bolsa de Lisboa.

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