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Indústria de cimentos já evitou emissão de 2,8 milhões de toneladas CO2

A indústria de cimentos em Portugal evitou a emissão de 2,8 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) nos últimos 13 anos ao substituir combustíveis fósseis por combustíveis alternativos menos poluentes, revela um estudo hoje divulgado.

Indústria de cimentos já evitou emissão de 2,8 milhões de toneladas CO2
Notícias ao Minuto

14:30 - 29/11/18 por Lusa

Economia Estudo

De acordo com o estudo da empresa AVE -- Gestão Ambiental e Valorização Energética, o coprocessamento de resíduos permitiu às cimentarias em Portugal evitarem "2,8 milhões de toneladas de CO2eq nos últimos 13 anos e contribuiu com cerca de quatro milhões de euros em Valor Acrescentado Bruto (VAB) para a economia nacional" no ano passado.

O estudo "13 Anos de Coprocessamento em Portugal" procura avaliar os contributos do coprocessamento de resíduos em cimentarias para o desenvolvimento socioeconómico e ambiental no país e explica que o método de coprocessamento consiste na utilização de resíduos - previamente preparados e identificados como viáveis - como combustível alternativo nos fornos das cimenteiras e/ou como matéria-prima secundária na produção de clínquer, um componente do fabrico do cimento.

O trabalho permitiu ainda saber que a utilização do coprocessamento pelas cimentarias em Portugal se traduziu na criação de 110 empregos no ano passado.

Refere ainda que o coprocessamento tem sido "a principal estratégia para reduzir os impactes ambientais", substituindo combustíveis fósseis por combustíveis alternativos com menores fatores de emissão ao incorporar matérias-primas alternativas na mistura do cimento, reduzindo assim a taxa de incorporação do clínquer.

Nos últimos 13 anos, o coprocessamento permitiu evitar, em média, mais de 210 mil de toneladas de CO2eq por ano, traduzindo-se em poupanças acumuladas de 2,8 milhões de toneladas de CO2eq.

O CO2eq é a medida internacionalmente aceite para expressar a quantidade de gases de efeito estufa em termos equivalentes da quantidade de CO2.

A utilização de combustíveis alternativos pelas cimenteiras em substituição do 'petcoque' permitiu ao longo de 13 anos evitar a importação de cerca de 1,7 milhões de toneladas deste combustível e correspondeu a uma poupança de 85 milhões de euros de importações neste período.

O coprocessamento pode, segundo o estudo, evitar a emissão de 3,3 milhões de toneladas de CO2 até 2023.

O trabalho refere ainda que a criação de emprego relacionada com a atividade do coprocessamento apresenta "um padrão distinto da criação de VAB, nomeadamente pelo baixo impacte direto, mas elevado impacte indireto".

Nesse sentido, a criação direta de postos de trabalhos está associada à atividade comercial e de laboratório, sendo que por cada posto de trabalho direto são criados cerca de 10 empregos a montante.

"Estima-se que em 2017 o coprocessamento contribuiu para a criação de cerca de 110 postos de trabalho em toda a cadeia de fornecimento", salienta o documento.

A empresa AVE -- Gestão Ambiental e Valorização Energética foi constituída em outubro de 2003 e está focada na gestão de resíduos e a sua valorização material ou energética pela indústria cimenteira, com recurso ao método de coprocessamento.

A Cimpor - Cimentos de Portugal, Secil - Companhia Geral de Cal e Cimento e oSGVR - Serviços de Gestão e Valorização de Resíduos são os três acionistas da empresa.

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