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Finangeste criado há 40 anos como 1.º "banco mau" gere malparado

A sociedade financeira Finangeste tem sob gestão 1,2 mil milhões de euros de crédito malparado e 600 milhões de euros de ativos imobiliários, pretendendo crescer via aquisição de imóveis e em créditos no segmento empresarial.

Finangeste criado há 40 anos como 1.º "banco mau" gere malparado
Notícias ao Minuto

17:00 - 28/11/18 por Lusa

Economia Portugal

Num comunicado divulgado a propósito dos 40 anos de atividade da sociedade - criada como empresa pública em 1978 e convertida, quatro anos depois, em sociedade anónima para gerir ativos malparados -- a Finangeste aponta como "principais objetivos a curto e médio prazo o crescimento da aquisição de imóveis e de portfólios de NPL's [do inglês 'non performing loans' ou créditos não produtivos] de clientes 'corporate' [empresariais]".

"No setor imobiliário a estratégia passa por fazer crescer a aquisição de portfólios de imóveis, com uma abordagem de criação de valor que poderá incluir desde a promoção e reabilitação de ativos à redefinição e reposicionamento de projetos, através da montagem de negócios e captação de investidores", refere.

Aliás, sustenta, "esta tem sido já uma área de aposta da empresa, que nos dois últimos anos captou cerca de 500 milhões de euros de investimento internacional para o desenvolvimento de projetos imobiliários em todo o país".

Inicialmente constituída como empresa pública pelo Governo português, a Finangeste foi depois convertida em sociedade anónima, "com o objetivo de gerir elevados volumes de ativos malparados, constituídos por créditos, imóveis e participações financeiras de vários bancos e outras instituições de crédito".

Reclamando o estatuto de "primeiro 'bad bank' ["banco mau"] criado em Portugal e um dos pioneiros a nível europeu,", a Finangeste é hoje uma empresa privada com uma carteira de créditos não produtivos sob gestão no valor de 1,2 mil milhões de euros e uma carteira de ativos imobiliários no valor de 600 milhões de euros.

"Será provavelmente das poucas, senão mesmo a única, sociedade com a duração de 40 anos no sistema financeiro português e neste ramo de atividade", sustenta a empresa, que em 2015 foi vendida aos atuais acionistas, um grupo de investidores nacionais e internacionais "com fortes ligações a fundos de investimento estrangeiros" e que operam na área da recuperação de crédito e de desenvolvimento imobiliário.

Desde então, os atuais acionistas têm assumido como estratégia "uma forte expansão da atividade de aquisição e gestão de ativos em Portugal, dando seguimento ao tipo de negócios anteriormente desenvolvidos pela Finangeste", mas também evoluindo "para um forte crescimento na prestação de serviços a investidores internacionais, quer na aquisição de NPL de empresas (´corporate'), quer na gestão de carteiras de imóveis provenientes de bancos e outras entidades".

Para a atual administração da Finangeste, o balanço das quatro décadas de atividade "é um sucesso", devendo-se este resultado "à confiança dos bancos, financiadores, entidades oficiais, devedores e todas as restantes entidades com quem a Finangeste se relaciona".

Três anos depois de ter sido adquirida pelos atuais acionistas, os ativos da sociedade são constituídos por portfólios de gestão corrente e por projetos de investimento em curso que, segundo a administração, "correspondem a um crescimento de cerca de 700% em relação ao momento da aquisição".

Estes projetos -- adianta - incluem a reabilitação de habitação, armazéns, instalações industriais e escritórios, bem como a construção em terrenos para uso turístico, habitacional, escritórios ou de segmentos alternativos, como as residências universitárias.

Em 2019, a Finangeste contar vir a ter "mais de 200.000 metros quadrados de construção em Portugal em projetos de investimento" por si geridos e coordenados, focando-se a aposta nesta área "no desenvolvimento de grandes projetos imobiliários nos setores de escritórios e residencial, especialmente os dirigidos à classe média portuguesa".

"Estamos certos de que Portugal atravessa um momento extraordinário de desenvolvimento e de oportunidades no setor imobiliário, que se traduz também num grande interesse de investidores institucionais internacionais, parceiros da Finangeste, em investir no nosso país", sustenta a administração.

Neste contexto, acrescenta, "a aposta futura da empresa centra-se, sem excluir outras iniciativas de investimento, no ramo imobiliário, com a promoção e construção de grandes projetos imobiliários nos setores de escritórios e residencial, até porque a classe média portuguesa continua a evidenciar uma forte procura de casas para as suas famílias e a Finangeste está assim a posicionar-se neste mercado".

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