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Hotel e espaço comercial do CCB custam entre 60 e 70 milhões

O hotel e o espaço comercial do projeto original do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, vão custar entre 60 e 70 milhões de euros, e o promotor irá pagar, no mínimo, uma 'renda' anual de 900 mil euros.

Hotel e espaço comercial do CCB custam entre 60 e 70 milhões
Notícias ao Minuto

15:13 - 28/11/18 por Lusa

Economia Projeto

O anúncio foi hoje feito pelo presidente da Fundação Centro Cultural de Belém (FCCB), Elísio Summavielle, que adiantou ainda que na quinta-feira será lançado um procedimento público internacional para "subcessão do direito de superfície dos terrenos" onde serão construídos os módulos 4 e 5 do projeto, correspondente ao hotel e ao espaço comercial.

Os terrenos em causa pertencem ao Estado e foram cedidos à FCCB, que, por sua vez, vai 'alugá-los' por um período de 50 anos.

O hotel, que será de quatro estrelas ou superior, e uma galeria comercial, com construção adiada desde há 25 anos, são da autoria dos arquitetos Vittorio Gregotti e Manuel Salgado (atual vereador do Urbanismo em Lisboa) e foram desenhados em 1989.

Elísio Summavielle fez hoje o anúncio público do empreendimento CCB New Development, que está previsto desde a inauguração do espaço, iniciando-se assim a plena concretização do projeto inicial "Cidade Aberta", preconizado por Gregotti e Salgado.

A partir de quinta-feira os interessados poderão apresentar as suas propostas no concurso internacional.

Elísio Summavielle avançou ainda ter conhecimento de interessados "quer nacionais, quer internacionais", e revelou que, desde que assumiu a presidência e revelou ser seu desejo terminar o projeto inicial do CCB durante o seu mandato, foi questionado por várias vezes sobre quando abriria o concurso.

"[Trata-se] de um contributo muito importante nesta altura da vida da Fundação. Tudo o que venha a mais é ganho e 900 mil euros/ano é um valor mínimo. É a partir desse valor que começamos a falar com os concorrentes, a fasquia ira subir certamente", explicou o responsável aos jornalistas.

Durante o período inicial, e segundo consta do caderno de encargos da obra, o promotor, ou promotores, vão pagar "uma renda de 300 mil euros", valor esse que aumentará para um mínimo de 900 mil euros ano "a partir do momento da exploração plena".

Para Elísio Summavielle, a "Cidade Aberta" será "uma pequena cidade que terá plena sustentabilidade sem que isso obrigue a onerar mais os contribuintes", reconhecendo que tal facto já aconteceu no passado o que "trouxe bastantes dissabores".

"É necessário que este equipamento seja potenciado ao máximo e que o equilíbrio entre a sua função pública cultural, com a oferta de preços sociais que praticamos e a sua componente comercial de rendimento, exploração e de vivência urbana, seja possível conciliar, colocando esta grande casa no mapa dos grandes circuitos internacionais das artes", disse Summavielle.

Para o responsável, o lucro da Fundação começará a chegar com os alugueres, com atividade comercial, pelos congressos que são feitos por aqueles que procuram o centro de reuniões.

"É potenciar isso, juntamente com os rendimentos dos terrenos que nos vão tirar desta aflição que é chegar ao fim do ano com as contas equilibradas e sem dívidas", sublinhou.

Questionado quanto ao facto de o local poder começar a ser chamado de "grande centro comercial de Belém", Elísio Summavielle afirmou que tal "não será possível", bastando "qualquer pessoa olhar à sua volta para ver que não é um centro comercial, mas uma cidade aberta".

Para Elísio Summavielle, esta será igualmente uma oportunidade de "puxar a cidade para o ocidente e dar uma centralidade à zona de Belém, que a partir das 18:00 é um deserto".

"O Hotel (com 150 quartos) e o comércio vão trazer gente à zona", assegurou.

Apesar de considerar que a obra estará concluída dentro de três anos e meio, o presidente da FCCB alerta para a eventualidade de aparecerem constrangimentos que possam decorrer durante a obra, nomeadamente aquando da construção do parqueamento subterrâneo.

"Se tudo correr bem. Há muita burocracia também, há um período de trabalho invisível. E depois, como é um monumento classificado, há um período de sondagens arqueológicas, não sei o que há. Não haverá as minas do rei Salomão, mas isso dará o ritmo à obra", explicou.

Para o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, hoje "é um dia especial para a cidade", já que "25 anos depois dá-se início à conclusão do projeto inicial do CCB".

"É um dia muito importante e faremos a nossa parte para que este projeto, com a maior rapidez, possa nascer e ver a luz do dia", afirmou Fernando Medina.

Para o autarca, trata-se igualmente da oportunidade de requalificar a zona da cidade "que estava já há mais de duas décadas abandonada e sem uso", concluindo "um projeto extraordinário que já antecipava uma forma nova de viver a cidade".

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