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Economia britânica contrairá até 0,7%, mas saída desordeira seria "pior"

A economia britânica poderá contrair 0,7% nos próximos 15 anos se adotar o plano para o 'Brexit' favorecido pelo governo, mas sem acordo pode encolher 7,6%, segundo previsões oficiais publicadas hoje.

Economia britânica contrairá até 0,7%, mas saída desordeira seria "pior"
Notícias ao Minuto

13:10 - 28/11/18 por Lusa

Economia Brexit

O estudo, coordenado pelo Ministério para a Saída da União Europeia mas produzido em colaboração com outros ministérios, avaliou o impacto económico de quatro cenários em comparação com a permanência na União Europeia (UE).

As hipóteses são o acordo negociado previsto pelo governo de uma zona de comércio livre, um acordo semelhante ao da Noruega, um acordo de comércio livre e uma saída sem acordo.

Porém, nenhum dos modelos usa o acordo negociado pelo governo de Theresa May com Bruxelas aprovado pelos líderes europeus no domingo.

As estimativas mais pessimistas são para a hipótese de sair sem acordo e levar o país a usar a tabela de tarifas da Organização Mundial do Comércio, que pode retirar à economia 7,6% do que se permanecesse na União Europeia.

Seguindo o caminho da Noruega, que está na União Aduaneira, o que implica manter a liberdade de circulação que o governo e eurocéticos recusam, o Produto Interno Bruno (PIB) reduziria 1,4% nos próximos 15 anos.

Um acordo de comércio livre parecido com o do Canadá, favorecido pelos eurocéticos porque daria ao governo a possibilidade de controlar a imigração e negociar acordos com outros países, resultaria numa retração de 4,9% do PIB.

Porém, o governo britânico afastou esta opção porque põe em causa o compromisso de evitar controlos sobre pessoas ou mercadorias na Irlanda do Norte, no âmbito do acordo de paz de 1998 que pôs fim ao conflito sectário naquele território.

"Se olharmos para isto é uma perspetiva meramente económica, haverá um custo por sair da União Europeia porque vai haver obstáculos ao nosso comércio ", comentou hoje de manhã o ministro das Finanças, Philip Hammond, defendendo que um acordo irá reduzir o impacto.

Este estudo é o mais recente de uma série de outras previsões feiras por entidades independentes nos últimos dias, e que deverá culminar com a publicação dos cálculos do Banco de Inglaterra hoje à tarde.

Segundo um estudo do Instituto Nacional de Pesquisa Económica e Social, produzido para a campanha "People's Vote" que defende um novo referendo, o acordo do governo para o 'Brexit' vai tirar 100 mil milhões de libras (113 mil milhões de euros) ao PIB britânico do Reino Unido até 2030, ou seja, menos 3,9% pior do que se ficasse na UE.

Previsões feitas pelo pelas universidades London School of Economics, da King's College e o Institute for Fiscal Studies, a economia britânica pode contrair entre 1,9% a 5,5% até 2030 se o acordo negociado pelo governo for aprovado for aplicado.

Uma saída sem acordo, indica o mesmo documento, pode retirar entre 3,5% a 8,7% até 2030 ao PIB britânico.

Aprovado pela UE no domingo, o acordo de saída define os termos da saída do Reino Unido da UE, incluindo uma compensação financeira de 39 mil milhões de libras (44 mil milhões de euros), os direitos dos cidadãos e um mecanismo para manter a fronteira da Irlanda do Norte com a República da Irlanda aberta se as negociações para um novo acordo não for concluído até ao final de dezembro de 2020, quando acaba o período de transição.

Uma declaração política separada define ainda as linhas da relação futura entre o Reino Unido e a UE depois do 'Brexit', nomeadamente a criação de uma zona de comércio livre.

Para ser aplicado, o acordo terá de ser aprovado no parlamento britânico em 11 de dezembro e, posteriormente, pelo Parlamento Europeu.

Porém, dezenas de deputados conservadores têm-se manifestado contra o documento e poderão ajudar a oposição, incluindo o partido Trabalhista, nacionalistas escoceses e Liberais Democratas, a derrotar o governo.

Na segunda-feira, a primeira-ministra britânica admitiu que "ninguém sabe o que aconteceria se o acordo não fosse aprovado", mas advertiu para "mais discórdia e mais incerteza, com todos os riscos que isso acarretaria".

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