Bancários da UGT decidem hoje se querem um sindicato nacional
Os sócios dos três sindicatos de bancários da UGT decidem hoje se avançam para um processo de fusão num único sindicato, de âmbito nacional, extensivo também aos seguros, que se tornaria numa das maiores estruturas sindicais do país.
© Global Imagens
Economia Fusão
A decisão resultará dos referendos que cada uma dos sindicatos realiza, em assembleias-gerais extraordinárias convocadas para o efeito.
A Federação do Setor Financeiro (FEBASE) já agrega os sindicatos dos bancários do Sul e Ilhas, do Centro e do Norte e os sindicatos da Atividade Seguradora e dos Profissionais de Seguros, todos filiados na UGT, mas um processo de fusão levaria a uma união patrimonial e de serviços, que resultaria, nomeadamente, na unificação dos SAMS.
A intenção não é nova, mas também não é pacifica, pois alguns sindicatos preferem manter-se como estruturas regionais, desconfiando dos benefícios da unificação.
É o caso do Sindicato dos Bancários do Norte (SBN), onde muitos dirigentes e sócios consideram que, dado que têm as suas finanças equilibradas, a fusão irá apenas beneficiar os que estão a passar por dificuldades.
Os seus congéneres do sul e do centro têm valorizado as vantagens da fusão, quer para as estruturas sindicais envolvidas, quer para os seus associados.
O Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) promoveu sessões de esclarecimento distritais e emitiu um comunicado para esclarecer dúvidas que têm sido levantadas pelos sócios, onde afirmou que "um sindicato de âmbito nacional terá maior peso social, institucional e negocial na sociedade portuguesa".
Um dirigente do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI) corroborou esta ideia e salientou à agência Lusa as vantagens decorrentes da junção do património e dos meios financeiros dos cinco sindicatos, assim como das sinergias ao nível de serviços dos sindicatos e dos Serviços de Assistência Médica e Social (SAMS).
A fusão dos três sindicatos seria também uma forma de enfrentar a quebra gradual do número de associados, resultante da redução de pessoal que a banca tem vindo a fazer nos últimos anos.
Só o SBSI, que há alguns anos era um dos maiores e mais ricos sindicatos do país, perdeu 962 sócios (2,4%) entre 2016 e 2017, ano que terminou com 38.794 sócios.
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