BCP convoca obrigacionistas para avaliar fusão com imobiliária
O BCP convocou os obrigacionistas para uma assembleia-geral (AG), no próximo dia 17 de dezembro para se pronunciarem "relativamente aos possíveis prejuízos" de uma fusão por incorporação de duas imobiliárias no banco.
© REUTERS
Economia CMVM
Assim, a convocatória da reunião, enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) revela que o único ponto em apreço são "possíveis prejuízos para os senhores obrigacionistas decorrentes da fusão por incorporação, mediante transferência global do património, da Sadamora -- Investimentos Imobiliários, S.A. e Enerparcela -- Empreendimentos Imobiliários, S.A., no Banco Comercial Português, S.A".
O banco dá ainda a conhecer aos detentores de obrigações de que "o BCP detém integralmente o capital das sociedades a incorporar, informando que a fusão será concretizada sem prévia deliberação das assembleias-gerais das sociedades envolvidas, salvo se detentores de 5% da emissão o requerer".
Em outro comunicado, a instituição explica que o contrato de compra e venda, segundo o qual o BCP "adquiriu a totalidade das ações representativas do capital social da Sadamora e da Enerparcela", foi outorgado em 08 de outubro deste ano. As sociedades deixaram assim de ser controladas indiretamente pelo banco e passaram a sê-lo diretamente e a 100%.
O BCP passou a controlar a Enerparcela em 2013, depois da compra do fundo Multiusos Oriente. No mesmo ano, o banco adquiriu "em reembolso de crédito próprio" a totalidade das "unidades de participação" do fundo Grand Urban, que detém a Sadamora.
Com a fusão por incorporação, o BCP espera obter "ganhos de eficiência, através da racionalização de processos de governo societário, e das estruturas operativas, de 'backoffice' e outras funções de suporte", segundo o mesmo comunicado.
O Jornal de Negócios avançou que o BCP já injetou 40 milhões nestas duas sociedades.
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