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Preço do barril de Brent cai 6,44% para 62,65 dólares

O preço do barril de petróleo Brent para entrega em janeiro terminou hoje no mercado de futuros de Londres em baixa de 6,44%, para os 62,65 dólares.

Preço do barril de Brent cai 6,44% para 62,65 dólares
Notícias ao Minuto

21:11 - 20/11/18 por Lusa

Economia Petróleo

O crude do mar do Norte, de referência na Europa, concluiu a sessão no International Exchange Futures a cotar 4,31 dólares abaixo dos 66,96 com que fechou as transações na segunda-feira.

Vários analistas atribuíram a forte queda do Brent ao receio de uma redução do crescimento da economia internacional.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) deve discutir a possibilidade de reduzir a sua produção em cerca de 1,4 milhões de barris diários, na sua próxima reunião, para evitar o cenário de excesso de oferta, como ocorreu em 2014.

A Federação Russa, que se tem aliado à OPEP, recusou até agora reduzir a sua extração, para contribuir para a estabilização dos preços.

A preocupação com o nível de produção tem aumentado depois de os Estados Unidos da América (EUA) terem isentado oito países das sanções que lhes aplicariam por comprarem petróleo ao Irão, o que reduziu o impacto daquelas.

"As reservas dos EUA estão a subir, a economia internacional está a perder velocidade e existe a perceção de que a procura futura vai ser fraca", sintetizou o analista da CMC Markets, David Madden.

Para a queda do preço foram ainda apontados como causas os aumentos das produções líbia e nigeriana, que têm estado isentas das limitações decididas pela OPEP em janeiro de 2017.

A mesma forte queda da cotação foi também apresentada pelo norte-americano WTI, que às 19:00 de Lisboa caía 7,01%, em Nova Iorque.

Sem ligarem a descida acentuada da cotação a um acontecimento particular ligado ao petróleo, os analistas, como Phil Flynn, de Price Futures Group, apontam o ambiente geral de recuo dos índices em Wall Street.

"Os investidores estão dominados pelo medo de verem o crescimento mundial diminuir consideravelmente" e fazer descer, por ricochete, a procura de energia, explicou.

Por outro lado, também é certo que vários investidores saíram das salas de mercado, perante a aproximação do feriado do Dia da Ação de Graças nos EUA ('Thanksgiving'), que vai ser na quinta-feira.

Phil Flynn aludiu também aos algoritmos automáticos que são desencadeados automaticamente quando os preços atingem certos valores, para explicar a quebra das cotações.

Apesar de a amplitude da queda ser espantosa, ela "não é totalmente incoerente com a situação", relativizou James Williams, da WTRG Economics.

Com efeito, os investidores no mercado do petróleo desde há semanas que estão inquietos com a recente subida da oferta de petróleo nos mercados internacionais.

Um outro fator a considerar é a aludida diminuição do impacto das sanções norte-americanas ao Irão.

Como sauditas e russos tinham aumentado fortemente a sua produção, antecipando a entrada em vigor das sanções, a oferta é agora claramente excessiva.

Para mais, também, a produção petrolífera dos EUA está a um nível recorde.

Resultado: "As reservas de produtos refinados no mundo estão agora acima da média dos últimos cinco anos", sublinhou Williams.

Todos os olhos estão agora focados na OPEP e nos seus parceiros, como a Federação Russa, que se vai reunir em Viena, em 6 e 7 de dezembro.

Contudo, durante uma conferência na Eslováquia, o diretor executivo da Agência Internacional da Energia, Fatih Birol, declarou que "uma diminuição significativa da produção dos principais produtores hoje poderia ter consequências negativas para os mercados".

Para os analistas da JBC, "os investidores estão de maneira evidente dominados por uma certa confusão devido a informações equívocas".

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