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Mais de dois terços dos trabalhadores diz que há lacuna de habilitações

Mais de dois terços (79%) dos profissionais portugueses considera que há uma lacuna de habilitações no mercado laboral português e 49% acha que isso "os afeta diariamente", segundo um estudo da Udemy, plataforma de ensino e aprendizagem 'online'.

Mais de dois terços dos trabalhadores diz que há lacuna de habilitações
Notícias ao Minuto

10:13 - 18/11/18 por Lusa

Economia Estudo

Esta é uma das principais conclusões do "Relatório sobre lacuna de habilitações 2018" realizado pela Udemy com um universo de mais de 1.000 trabalhadores portugueses e que "pela primeira vez inclui Portugal", disse à Lusa o presidente executivo, Kevin Johnson.

Segundo o estudo, "79% dos portugueses reconhecem que existe uma carência de habilitações no país e 49% sentem-se diretamente afetados por este défice", referindo que a faixa etária mais preocupada com a falha de competências "é a Geração X (36 a 52 anos), com 53% de concordância, enquanto os Millennials (18 a 35 anos) estão menos preocupados com isso, com 44% a expressar esse receio".

"Há um número importante de trabalhadores portugueses que está consciente da falta de competências", disse o presidente executivo, salientando que estes dados "comparam favoravelmente com outros mercados" laborais.

Segundo o estudo, "é quase paradoxal que 69% dos que responderam à sondagem acreditem que a sua educação os preparou para o mercado de trabalho atual, com uma divisão acentuada entre géneros: 74% dos homens contra 64% das mulheres", o que responde a uma diferença de 10 pontos percentuais.

Pouco mais de metade (51%) dos inquiridos considera que "o mercado de trabalho português é competitivo ou muito competitivo, comparando com apenas 28% que pensam que é pouco ou nada competitivo", enquanto os restantes 21% consideram estar na média.

Tendo em conta a crise económica que o país atravessou recentemente e a necessidade de aumentar a competitividade, cerca de "70% dos entrevistados admitiram ter de adquirir competências adicionais para realizar o seu trabalho com eficiência".

Entre as competências mais valorizadas pelos portugueses estão as habilitações técnicas/digitais (39%), de produtividade (24%) e de liderança/gestão (21%).

"Cerca de 78% dos trabalhadores que responderam à sondagem do relatório concordam que as habilitações necessárias para o trabalho mudarão nos próximos cinco anos", mas só um terço dos portugueses acreditam que a automação ou a inteligência artificial irão substituir o seu trabalho naquele horizonte temporal.

Para Kevin Johnson, a inteligência artificial "já está cá" e vai ser necessário "adquirir novas competências nas tarefas" que vão passar a ser utilizadas pela 'máquina'.

"Não tenho resposta sobre o que vai acontecer", disse, lembrando que, apesar de haver postos de trabalho que vão deixar de existir, outros serão criados.

Por exemplo, as caixas multibanco não eliminaram os postos de trabalho nos serviços financeiros, mas levaram a novas tarefas.

Segundo o responsável, os empregos que "exigem inteligência emocional" são aqueles que vão continuar, já que "nenhum robô consegue replicar isso".

Por isso, considera que profissões como as de professores ou na área dos serviços sociais deveriam ser "mais bem remuneradas".

O estudo conclui ainda que quase metade dos portugueses (48%) opta pelo desenvolvimento profissional patrocinado pela empresa para melhorar os seus conhecimentos, seguidos por cursos 'online' (23%), sala de aula tradicional (13%) e livros (9%).

Além disso, 39% dos inquiridos admitiram que deixariam o emprego atual caso o próprio empregador não fornecesse algum tipo de formação.

Quase dois terços (64%) mudaria de país para uma boa oportunidade profissional.

Fundada em 2010, a Udemy é um 'marketplace' global de ensino 'online' com 36.000 formadores em todo o mundo, em mais de 50 línguas, com 80.000 cursos ministrados e mais de 24 milhões de alunos, que também está presente no mercado português.

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