"O bom funcionamento do Porto de Setúbal é condição essencial para a sustentabilidade económica e para a defesa dos postos de trabalho em centenas de empresas de toda aquela região", afirmou a central sindical numa nota de imprensa.
A UGT defendeu a necessidade de ser encontrada uma solução que respeite os direitos dos trabalhadores portuários e que garanta que as empresas da região possam escoar as suas mercadorias.
A central sindical lembrou, a propósito do conflito laboral em curso no Porto de Setúbal, a posição da sua federação sindical do setor.
A Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores Portuários (FNSTP), filiada na UGT, que agrega oito sindicatos de trabalhadores portuários e estivadores de todo o país, "defende que os trabalhadores portuários não podem continuar reféns de ambições pessoais e da manipulação da qual estão a ser alvo em nome de interesses" que não são os seus.
Segundo a UGT, a FNSTP "tem importantes e relevantes conquistas na valorização da carreira dos trabalhadores portuários e praticamente erradicou o fenómeno da precariedade na maior parte dos portos portugueses", que têm "funcionado com normalidade com exceção de Lisboa e Setúbal".
Os trabalhadores eventuais do Porto de Setúbal, que são contratados ao turno e que representam cerca de 90% dos trabalhadores requisitados diariamente para as empresas Sadopor e Navipor, não comparecem ao trabalho desde o passado dia 05 de novembro em protesto contra a situação de precariedade em que se encontram.
A Operestiva, empresa que faz a gestão destes trabalhadores eventuais, anunciou hoje em conferência de imprensa que está disponível para dialogar desde que o Sindicato dos Estivadores e Atividade Logística cancele a greve ao trabalho extraordinário.