Confederação do Turismo "dúvida da abertura do Montijo em 2022"
O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, afirmou hoje que duvida que o novo aeroporto no Montijo abra em 2023, lembrando que já há muito que tem dúvidas sobre a sua abertura em 2022.
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Economia Francisco Calheiros
"Há muito que a CTP tem dúvidas da abertura do Montijo em 2022. Neste momento, temos dúvidas para 2023. Estamos em novembro e nada aconteceu, mesmo sendo a decisão irreversível", advertiu o dirigente no 30.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo (AHP) que hoje termina no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa.
Francisco Calheiro explicou que na IV Cimeira do Turismo, em setembro passado, o primeiro-ministro, António Costa, garantiu que "aguardava unicamente a decisão em matéria de impacto ambiental para poder tornar a decisão da Portela + Montijo absolutamente irreversível".
Mas, prosseguiu, "estamos em novembro e nada aconteceu, mesmo sendo a decisão irreversível". "Continuamos sim com uma decisão adiada", salientou o responsável.
Na sua intervenção, na conferência, em que na edição deste ano, se abordou o tema "Turismo, que futuro queremos?", Francisco Calheiros referiu ainda que o setor em Portugal atingiu "um pico de expansão", o que a situação atual "obriga a olhar o futuro com responsabilidade e precaução".
Para a CTP, não se trata apenas de continuar a captar mais turistas para Portugal, embora entenda que esta não é uma "tarefa menor", mas considera que é necessário assegurar "a necessária" sustentabilidade, reputação, qualidade, diversidade inovação e criatividade.
Uma maior procura de turistas passa por ter um aeroporto na região de Lisboa que dê resposta a este fenómeno, segundo a CTP, pois nos primeiros nove meses deste ano, com base em dados da Vinci, o Aeroporto Humberto delgado recebeu mais de 22 milhões de passageiros, o que corresponde a um crescimento de 10%, na comparação com igual período do ano passado.
Nos últimos quatro anos, o Turismo em Portugal cresceu "a um ritmo verdadeiramente impressionante", disse o presidente da CTP, lembrando que de 42 milhões de dormidas em 2013 se passou para 57 milhões em 2017, mais 36% no período em análise.
As receitas em 2013 atingiram os 9.000 milhões de euros e subiram 67%, para 15.000 milhões de euros no final do ano passado.
Em 2017, os empregos diretos no Turismo representavam 8,5% do total do emprego em Portugal.
E o contributo direto do Turismo para o Produto Interno Bruto (PIB) e para as exportações globais portuguesas correspondeu a 6,8% e 22%, respetivamente no ano passado.
"Numa palavra só" a economia portuguesa hoje não é sustentável sem o Turismo", advertiu o líder da CTP.
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