Wall Street fecha em forte baixa com principais índices a perderem
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje com fortes baixas dos seus índices mais emblemáticos (Dow Jones, Nasdaq e S&P500), com as perdas situadas entre os 2% e os 3%.
© Reuters
Economia entre 2% e 3%
Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 2,32%, para os 25.387,18 pontos.
Mais forte foi o recuo do tecnológico Nasdaq, que desvalorizou 2,78%, para as 7.200,87 unidades, enquanto o alargado S&P500 baixou 1,97%, para as 2.726,22.
A queda foi atribuída às perdas de dois dos membros mais influentes da praça bolsista, a Apple, devido aos medos sobre o seu futuro crescimento, e o Goldman Sachs, no seguimento de um escândalo financeiro que envolveu este banco na Malásia.
Muito sensível ao comportamento da Apple, Wall Street tremeu com queda desta ação, cuja cotação baixou 5,04%.
Na origem desta descida estão novas preocupações associadas às perspetivas de crescimento da empresa.
Um dos seus fornecedores, a Lumentum, perdeu hoje 32,98% na bolsa, depois de divulgar uma redução das encomendas por parte de um dos seus principais clientes, sem, todavia, o nomear.
"A cadeia de abastecimento em torno da Apple começa a sentir a descida da sua procura", analisou Matt Miskin, da John Hancock.
Mas, para Patrick O'Hare, da Briefing, não há dúvidas de que se trata da Apple, na medida em que a marca simbolizada pela maçã representou este ano cerca de um terço das receitas do subcontratante Lumentum.
Esta notícia alimentou especulações sobre uma diminuição da atividade do fabricante do iPhone, já presentes no início de novembro, depois das previsões consideradas dececionantes divulgadas por ocasião da apresentação das contas trimestrais.
Desde 1 de novembro, a Apple já desvalorizou mais de 12% e voltou a apresentar uma capitalização bolsista inferior a um bilião (milhão de milhões) de dólares, um patamar simbólico que tinha superado com grande pompa em agosto último.
Já o banco Goldman Sachs, outro nome relevante de Wall Street, teve hoje a sua pior queda em sete anos, ao recuar 7,46%.
A Malásia reclama o reembolso total dos pagamentos feitos ao banco norte-americano no quadro de um vasto escândalo de desvio de dinheiro do fundo de investimento público malaio, o 1MDB, implicando o antigo primeiro-ministro Najib Razak, informou a agência Bloomberg.
De forma geral, outros analistas apontaram a valorização do dólar, que está em máximos desde junho de 2017 em relação a um cabaz de seis divisas, como motivo suplementar para a queda dos índices.
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