Governo britânico reforça orçamento para preparar saída da UE
O governo britânico vai gastar 2,25 mil milhões de euros no próximo ano para preparar a saída do Reino Unido da União Europeia, anunciou hoje o ministro das Finanças, que também reviu em alta o crescimento económico.
© Reuters
Economia Philip Hammond
"Já atribuí 2,2 mil milhões de libras (2,47 mil milhões de euros) para os ministérios prepararem o Brexit e no orçamento do ano passado reservei mais 1,5 mil milhões de libras (1,7 mil milhões de euros) para serem atribuídos em 2019-20. Hoje vou aumentar essa quantia para 2,0 mil milhões de libras (2,25 mil milhões de euros)", anunciou Philip Hammond na Câmara dos Comuns, onde apresentou hoje a proposta de orçamento para o ano fiscal 2019-2020.
Isto totaliza 4,2 mil milhões de euros (4,7 mil milhões de euros) já orçamentados pelo governo britânico para se preparar para "todas as eventualidades", ao mesmo tempo que mantém uma margem de manobra para intervir se o governo "necessitar de mais apoio nos próximos meses".
O ministro garantiu ainda: "Se as perspetivas económicas ou fiscais mudarem significativamente, tomarei as medidas que forem necessárias, incluindo transformar a revisão orçamental da primavera num orçamento".
Hammond confirmou assim o que disse em entrevistas durante o fim-de-semana, que poderia ser necessário um novo orçamento no caso de não ser alcançado um acordo para a saída britânica da UE, prevista para 29 de março de 2019.
Porém, o ministro, defensor de uma relação próxima com a UE e o mercado único, mostrou-se otimista num acordo para o Brexit que acabe com a incerteza sobre a economia e permita libertar recursos que mantém como contingência.
"O trabalho duro do povo britânico está a valer a pena. A austeridade está a chegar ao fim", prometeu.
O ministro atualizou hoje as previsões de crescimento económico, revendo em alta as estimativas de 1,3% para 1,6% para 2019 e de 1,3% para 1,4% em 2020, enquanto que este ano o crescimento deverá ficar em 1,3%.
O governo projeta uma taxa de desemprego de 3,7% em 2019 e um défice orçamental de 1,2% em 2018/2019, que subirá para 1,4% em 2019/2020, segundo as suas previsões, mas que depois iniciará uma descida gradualmente até 0,8% em 2023/24.
Relativamente à dívida pública, as previsões para o ano fiscal de 2018/2019 são agora inferiores em 18,5 mil milhões de libras (21 mil milhões de euros), pelo que deverá ficar nos 83,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e continuar a descer nos cinco anos seguintes até 74,1% do PIB em 2023/2024.
Entre as medidas anunciadas para o próximo, confirmou que o serviço nacional de saúde terá mais 20,5 mil milhões de libras (23 mil milhões de euros), além de financiamento extra para a saúde mental e serviços sociais, defesa e polícia.
Por outro lado, confirmou que será introduzido um "imposto de serviços digitais" de 2% sobre as receitas que empresas tecnológicas façam graças a utilizadores britânicos.
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