Para salários 50 milhões e para Novo Banco 400 milhões? "Tem de acabar"
Arménio Carlos, da CGTP, sublinha que os trabalhadores da Função Pública que hoje estão em greve "não estão a pedir nada do outro mundo".
© Global Imagens
Economia Arménio Carlos
Arménio Carlos afirmou esta sexta-feira, dia de greve nacional da Administração Pública, que há um sentimento de “descontentamento” e de “indignação” face à posição o Governo.
O líder da CGTP lembrou que há dez anos que os trabalhadores não têm qualquer atualização do salário e que “foram desconsiderados e desrespeitados e, nalguns casos, até ofendidos pelo governo anterior”.
E, no entanto, sublinhou, “foram estes trabalhadores e não outros que durante o período mais negro, com a Troika, que fizeram um esforço muito grande para que os serviços públicos pudessem funcionar”.
Arménio Carlos defende que se não fossem estes trabalhadores, “provavelmente muitos dos serviços públicos tinham colapsado”. Quanto às suas reivindicações, o líder sindical explicou que os trabalhadores “não estão a pedir nada do outro mundo”
“O que estão a exigir é respeito e que valorizem o seu contributo. Não se justifica que o Governo diga que só há 50 milhões para os salários de 650 mil trabalhadores da Administração Pública e , ao mesmo tempo, o Governo diga que tem 400 milhões para o Novo Banco. É isso que tem que acabar”, fez sobressair, em declarações aos jornalistas na base naval do Alfeite, onde também os trabalhadores da construção e reparação de navios exigem atualização dos seus salários e contratação de pessoal.
“É preciso que o Governo também tenha um outro olhar para esta empresa pública (Arsenal do Alfeite) e , particularmente, que assuma que tem de descativar um conjunto de verbas para que se possa contratar mais pessoal para que possa haver aqui uma transmissão do conhecimento entre os mais velhos e os mais novos e para que esta unidade possa continuar a produzir e sobretudo a criar riqueza para o futuro do país”, reivindicou.
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