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Crise bolsista e fricções comerciais atingem os mais ricos da China

As fortunas dos mais ricos da China caíram este ano, face às disputas comerciais entre Pequim e Washington, desvalorização do yuan e abrandamento do ritmo de crescimento da economia chinesa, informou hoje a revista Forbes.

Crise bolsista e fricções comerciais atingem os mais ricos da China
Notícias ao Minuto

11:25 - 25/10/18 por Lusa

Economia Forbes

A lista dos bilionários chineses, elaborada pela Forbes, revela que o património líquido total dos maiores empresários chineses caiu de 1,19 biliões de dólares (1,04 biliões de euros), em 2017, para 1,06 biliões de dólares (928 mil milhões de euros), este ano.

Em média, o património dos 400 chineses mais ricos caiu de 1.700 milhões de dólares (quase 1.500 milhões de euros), no ano passado, para 1.400 milhões de dólares (1.220 milhões de euros), em 2018.

"O mundo habituou-se a associar a China à criação de riqueza e está alarmado por ver a dimensão da destruição de riqueza este ano", escreveu Russell Flannery, delegado da Forbes em Xangai, a "capital" económica da China.

As fortunas de 229 dos 400 mais ricos que constam na lista recuaram este ano, face a 2017. Um terço sofreu perdas de 20% ou mais.

O setor manufatureiro foi o mais afetado este ano, sugerindo o efeito da guerra comercial com Washington, que levou o presidente norte-americano, Donald Trump, a impor taxas alfandegárias sobre 250 mil milhões de dólares (219 mil milhões de euros) de bens chineses.

No ano passado, 79 bilionários chineses do setor manufatureiro constavam na lista. Este ano, o número recuou para 72.

Segundo a publicação, Jack Ma, o fundador do gigante de comércio eletrónico Alibaba, voltou a ser o mais rico da China, com um património líquido avaliado em 34.600 milhões de dólares (30.300 milhões de euros), quatro milhões a menos do que em 2017.

Em segundo na lista está o fundador do gigante da Internet Tencent, que detém a aplicação Wechat.

A fortuna de Pony Ma caiu 6.200 milhões de dólares (5.430 milhões de euros), para 32.800 milhões de dólares (28.700 milhões de euros).

As ações da Tencent registaram perdas acentuadas este ano.

Hui Ka Yan, que figurava como o mais rico da China no ano passado, caiu para terceiro, após um recuo de 28% na sua fortuna, para 30.800 milhões de dólares (26.900 milhões de euros).

Hui é o presidente do grupo imobiliário Evergrande, que enfrenta uma crise de dívida que levou as ações do grupo a cair.

No terceiro trimestre do ano, o crescimento económico da China abrandou para 6,5%, em termos homólogos, o ritmo mais lento desde o primeiro trimestre de 2009, segundo dados publicados na semana passada.

O investimento em ativos fixos, motor fundamental do crescimento chinês, abrandou para 5,4%, nos primeiros nove meses do ano, face ao mesmo período do ano passado.

A bolsa de Xangai, principal praça financeira do país, caiu mais de 20%, desde o início do ano, enquanto a moeda chinesa, o yuan, caiu quase 10%, face ao dólar norte-americano.

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