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"Reformando-me ou morrendo, tenho de desaparecer"

Depois de 45 anos à frente do grupo Jerónimo Martins, Alexandre Soares dos Santos decidiu “sozinho”, esta semana, abandonar o cargo porque é preciso “sangue novo.” Em entrevista ao semanário Expresso, o empresário afirma que tanto a sua família com os responsáveis pela gestão do grupo “têm de se habituar que, ou reformando-me ou morrendo, tenho de desaparecer”.

"Reformando-me ou morrendo, tenho de desaparecer"
Notícias ao Minuto

10:55 - 27/09/13 por Ana Lemos

Economia Soares dos Santos

Foi na passada segunda-feira (23 de Setembro), dia em que comemorou o seu 79º aniversário, que Alexandre Soares dos Santos anunciou a saída da presidência do grupo Jerónimo Martins, detentor dos supermercados Pingo Doce.

“Decidi sozinho, há uns meses. Já o ano passado tinha tomado esta decisão, mas quase a chegar ao fim do ano, o meu filho Pedro (sucessor na liderança) pediu-me para ficar mais dois anos. E eu acedi. Mas para estar à frente desta casa é preciso viajar, ter garra e o meu corpo já não responde,” conta o próprio em entrevista ao semanário Expresso.

Além disso, acrescenta, “é preciso renovar a Jerónimo Martins. Têm de se habituar que, ou reformando-me ou morrendo, tenho de desaparecer. Isto precisa de sangue novo” e “eu já não posso viajar para a Colômbia, os médicos não me deixam.”

Alexandre Soares dos Santos revela que “ninguém sabia”, por isso “foi uma surpresa para todos, tanto para a família como para a administração”.

Apesar de admitir que o tentaram demover da ideia, “porque estão habituados: há anos que falo com eles e que ou a cara do grupo,” desta vez o empresário não cedeu. “Haverá um choque inicial, mas daqui a uma semana já está tudo calmo. E tomada a decisão vou desligar. Se o Pedro me telefonar, evidentemente que o posso aconselhar. Mas ir a reuniões formais, não. Acabou”, assegura Alexandre Soares dos Santos.

Nesta entrevista concedida ao semanário Expresso Soares dos Santos diz ainda esperar que daqui a 20 anos a Jerónimo Martins seja “uma grande multinacional,” mas sublinha que para que tal aconteça “é fundamental renovação do management, novas ideias e não se deixar levar pelo sucesso,” até porque “a Jerónimo Martins tem de continuar na mesma linha de humildade, mas sempre activa e com vontade de crescer.”

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