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"Impostos são sempre provisórios quando se lançam e definitivos depois"

Comentador elencou as cinco melhores e piores propostas do Orçamento do Estado para 2019.

"Impostos são sempre provisórios quando se lançam e definitivos depois"
Notícias ao Minuto

22:14 - 21/10/18 por Andrea Pinto

Política Marques Mendes

O Orçamento do Estado apresentado pelo Governo de António Costa esta semana foi um dos temas que esteve em destaque no comentário semanal de Luís Marques Mendes, na antena da SIC, este domingo.

O social-democrata começou por salientar aqueles que são, na sua opinião, os cinco aspetos mais positivos da proposta apresentada. Enumerou, então, o aumento das pensões, porque é uma ajuda a um dos setores mais vulneráveis da sociedade portuguesa; a redução dos passes sociais, que considera uma medida “inteligente, eficaz, racional e que vai dar muitos votos”; a melhoria da situação das famílias portuguesas; o incentivo ao regresso de emigrantes, uma medida que “não se sabe se será eficaz mas que vai na direção certa” porque é preciso “atrair emigração qualificada”; e, por fim, a medida de “défice zero” (0,2%), que considera ser um valor “histórico e positivo”.

Já quanto aos aspetos menos positivos deste OE 2019, Marques Mendes fala do baixo crescimento económico previsto para o próximo ano comparado com a UE; a redução muito ligeira da dívida publica; a degradação dos serviços públicos e da saúde; a falta de apoio às empresas, que “são o parente pobre deste Orçamento”, embora sejam elas que “criam riqueza e geram empregos”, e a pior de todas as medidas que é a manutenção de uma elevada carga fiscal, que se situa nos 200 mil milhões de euros.

Questionado sobre a carga fiscal imposta às famílias portuguesas, comparada com outros países da União Europeia, Marques Mendes comentou que “Portugal com o seu nível de vida e os impostos que paga está 19% acima da média europeia. Em linguagem simples, devíamos estar a pagar menos impostos”, atirou.

Para o social-democrata, quando se analisa “a carga fiscal com o nível de vida” verifica-se que “Portugal não está bem”.

“Devíamos fazer um maior esforço para baixar mais porque a carga fiscal elevada não ajuda”, afirmou, lembrando que “os impostos são sempre provisórios quando se lançam e são definitivos depois de lançados”.

Apesar disso e de forma geral, o comentador considera que se trata de um Orçamento “que é popular e de continuidade” e entende que a aprovação ou não dos restantes partidos já era aquilo que esperava.

“O PCP, o Bloco e PEV vão votar a favor e o PSD e o CDS votam contra. Rui Rio fez uma boa análise do Orçamento. Foi exaustiva e bem fundamentada. Faltou foi uma segunda parte que é dizer que ‘se eu estivesse no poder como é que eu faria o meu Orçamento. Qual era a minha prioridade?’. Um líder da oposição, seja ele qual for, não pode criticar apenas. Tem de dizer como faria diferente”, concluiu.

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