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Trabalhadores do Metro impedidos de fazer greve no posto de trabalho

Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, que estão hoje em greve desde as 06h00 "com níveis de adesão elevados", estão a ser impedidos de fazerem greve no seu posto de trabalho, disse à Lusa uma fonte sindical.

Trabalhadores do Metro impedidos de fazer greve no posto de trabalho
Notícias ao Minuto

09:05 - 18/10/18 por Lusa

Economia Sindicatos

"Nesta altura [o metro] está parado. Significa que os trabalhadores aderiram à greve, embora a empresa tenha tentado utilizar atitudes que não são habituais, nomeadamente impedir os trabalhadores de fazerem a greve no seu posto de trabalho e utilizar a policia para retirar trabalhadores do interior das estações. Independentemente destes problemazinhos é um facto que o metro está parado", disse à Lusa Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).

De acordo com Anabela Carvalheira, no Colégio Militar a polícia retirou trabalhadores das instalações.

"No Colégio Militar tínhamos trabalhadores que estavam em piquete de greve que estavam dentro das instalações e a polícia tirou-os de lá por ordem do conselho de administração. Só posso entender isso", contou.

A sindicalista da Fectrans disse também que em todas as estações há um vigilante a perguntar se as pessoas estão em greve e, se estiverem, não os deixa entrar.

"Se estiver em greve, o vigilante diz que estes só podem entrar depois das 09h30", indicou, acrescentando que o sindicato vai denunciar a situação.

No que diz respeito aos números de adesão à paralisação, Anabela Carvalheira disse, cerca das 08h30, que "ainda não é possível", porque há trabalhadores que entram em greve a partir das 09h30.

"No entanto posso dizer que são níveis de adesão muito elevados, senão tinham colocado o metro a andar", disse.

Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa cumprem hoje uma greve parcial entre as 06h00 e as 09h30, por reivindicações salariais, prevendo a empresa que o serviço de transporte seja retomado a partir das 10h00.

Os representantes dos trabalhadores justificam a greve parcial com a discordância com a proposta de atualização salarial plurianual de 24,50 euros para os anos de 2018 e 2019, apresentada aos representantes sindicais na quarta-feira pelo Conselho de Administração da empresa.

Os sindicatos defendem que o aumento proposto de 24,50 euros deverá valer apenas para 2018, com retroativos a 01 de janeiro.

Os trabalhadores já estão a realizar, desde o dia 09, uma greve ao tempo extraordinário.

A greve parcial da generalidade dos trabalhadores do Metro de Lisboa - e que afeta a operação -- realiza-se entre as 06h00 as 09h30, a que se juntam os trabalhadores administrativos entre as 10h00 e as 12h30.

Na terça-feira, o Conselho Económico e Social (CES), anunciou a decisão de o tribunal arbitral não decretar serviços mínimos para a circulação no metropolitano.

O tribunal arbitral considerou que "existem outros meios de transporte através dos quais os cidadãos em causa poderão exercer o seu direito de deslocação, sem por isso comprimirem o direito de greve daqueles trabalhadores", apontando também a "curta duração" da paralisação.

Por outro lado, o tribunal considerou serem necessários serviços mínimos para os trabalhos de segurança e de manutenção de equipamento e de instalações, tal como solicitado pela empresa.

O pré-aviso de greve foi subscrito pelo STRUP - Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal, STTM - Sindicato dos Trabalhadores da Tracção do Metropolitano de Lisboa, SINDEM - Sindicato Da Manutenção, SITRA - Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes, STMETRO - Sindicato dos Trabalhadores do Metropolitano de Lisboa e SITESE - Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços, Comércio, Restauração e Turismo.

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